Alimentação, anemia e estado nutricional no primeiro ano de vida de crianças atendidas na rede pública de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Furumoto, Rosemeire Aparecida Victoria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-18022020-154636/
Resumo: Objetivo: Tendo em vista a importância do aleitamento materno exclusivo e da dieta de desmame no crescimento e desenvolvimento da criança no 1° ano de vida, estabeleceu-se como objetivo deste estudo identificar a prática alimentar de crianças atendidas nos serviços públicos de saúde no primeiro ano de vida e sua relação com a situação nutricional referente à concentração de hemoglobina e ao crescimento. Metodologia: estudou-se crianças que freqüentaram a puericultura dos serviços públicos de saúde de Santo André (SP), FAISA, em 1997. O consumo alimentar foi avaliado pelas citações feitas ao uso rotineiro de leite e demais grupos de alimentos, através de um questionário de respostas sim/não; o diagnóstico de anemia foi feito através da medida de concentração de hemoglobina tendo como ponto de corte 11 g/dL, conforme recomendado pela OMS. O estado nutricional foi diagnosticado através dos indicadores peso por idade, peso por altura e altura por idade, classificados em escore-Z comparados aos valores de referência do NCHS. Resultados e comentários: Verificou-se que 86% das crianças iniciaram o aleitamento materno, porém, apenas 50% delas manteve esta prática alimentar até o 4° mês de vida. A alimentação complementar inicia-se praticamente nessa idade com o fornecimento de legumes, arroz e carne. A introdução de alimentos não lácteos é mais precoce entre as crianças com aleitamento artificial. Apenas 11% das crianças com mais de 6 meses ingeriam alimentos de todos os grupos. A mediana de aleitamento exclusivo foi de 94 dias e para aleitamento misto 63 dias. O tempo de aleitamento esteve associado com o peso ao nascer e com a idade materna. Quanto a concentração de hemoglobina 60,2% das crianças apresentaram valores abaixo de 11 g/dL e 26% abaixo de 9,5 g/dL, valor indicativo de anemia severa. Em relação ao estado nutricional encontrou-se déficit linear (7,8%) e obesidade (8,8%). Prolongar o aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade e orientação adequada à alimentação complementar são aspectos de igual importância para a saúde infantil e assim a mesma atenção deve ser dada a ambos. A orientação alimentar precoce, durante o pré natal, constitui uma oportunidade d impar de melhorar a prática alimentar familiar e, conseqüentemente, da criança que vai nascer. Com isso diminui o risco de baixo peso ao nascer que é fator associado positivamente à concentração de hemoglobina baixa, ao crescimento inadequado e, ainda, causa do abandono precoce do aleitamento materno.