Assimetria de preferências no contexto de metas de inflacao : uma análise do caso brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Diniz, Jacqueline Morais
Orientador(a): Portugal, Marcelo Savino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10561
Resumo: A assimetria nas preferências dos Bancos Centrais é um assunto que vem sendo muito discutido no meio acadêmico, mas até o momento essa polêmica tem se restringido a economias desenvolvidas como a canadense e inglesa. O que o texto a seguir se propõe é, em parte, tentar trazer essa discussão para o campo dos países emergentes, tomando como centro da análise a economia brasileira. Preferências assimétricas consistem num comportamento por parte da autoridade monetária que atribui perdas diferentes a desvios da taxa de inflação observada em relação à meta definida, que embora sejam de mesma magnitude apresentam sinais opostos. Replicando os testes já usados em outros estudos, o regime de Metas de Inflação é aqui abordado, iniciando sua análise sob uma ótica mais geral e depois o particularizando para a economia brasileira, desde sua concepção (em 1999 após a crise cambial de janeiro desse ano) até os dias atuais. Este comportamento assimétrico parece, ainda, ocasionar um viés inflacionário diferente daquele proposto pelo modelo KPBG (Kydland-Prescott-Barro-Gordon) que surge da ambição do Banco Central em estabelecer uma taxa de desemprego que esteja abaixo da taxa natural, num ambiente no qual as preferências, ao contrário do proposto, são quadráticas. Infelizmente, os dados brasileiros ainda não apontam na direção da assimetria, talvez por causa do tempo de implantação do regime no Brasil, talvez devido às turbulências que a economia brasileira sofreu decorrentes de crises internacionais e de suas conseqüências sobre o desempenho da política de Metas de Inflação que gerou inúmeros insucessos. No entanto, o histórico de hiperinflações e sua influência sobre as expectativas e os comportamentos dos agentes econômicos nos faz suspeitar de que dentro em breve a assimetria será não só detectada em nossa economia como também será fruto de estudos para o desenho e direcionamento da política monetária.