Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Piper, Denise |
Orientador(a): |
Ferrari Filho, Fernando |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/182360
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Resumo: |
A presente tese embasa-se na concepção de que a obtenção e a manutenção da estabilidade de preços na economia brasileira dependem não apenas da adoção de medidas pontuais de curto prazo, como também da contemplação da inflação, ao lado do crescimento econômico, como objetivos correlacionados no contexto de um projeto de desenvolvimento atinente a um horizonte ampliado de tempo. Em termos de políticas conjunturais de controles de preços, evidencia-se que, dado a inflação brasileira não consubstanciar-se em um fenômeno precipuamente de demanda, outras medidas, que não a mera elevação da taxa básica de juros, revelam-se necessárias; ademais, clarifica-se que aumentos nos juros, por seus significativos impactos contracionistas sobre a atividade econômica, comprometem a própria estabilidade futura de preços, consistindo, portanto, em uma conduta anti-inflacionária deveras ineficiente. No que tange ao longo prazo, argumenta-se que a inflação brasileira apresenta especificidades que a tornam variável dependente do processo de desenvolvimento econômico, social e institucional do País. Em assim sendo, entende-se que a dinâmica inflacionária brasileira vincula-se significativamente ao comportamento de determinados atributos intrínsecos ao setor produtivo nacional. Evidências empíricas obtidas neste trabalho a partir da estimação de um modelo SVAR concernente ao período que se segue a dezembro de 2009 mostram a existência de uma relação negativa entre inflação e produtividade na indústria de transformação, revelando-se tal relação, entretanto, inelástica, o que esclarece que o empresariado brasileiro tende a converter a maior parte dos ganhos de produtividade em expansões de mark-up, em vez de repassá-los primordialmente aos preços. Assim, constata-se que os problemas inflacionários enfrentados pela economia brasileira se mostram deveras complexos, e que sua resolução não depende apenas de vontade política. Desse modo, salta aos olhos a ineficiência do simplismo inerente ao Regime de Metas de Inflação no que tange à persecução da estabilidade de preços no Brasil. |