Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Zanella, Adriana |
Orientador(a): |
Procianoy, Renato Soibelmann |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197728
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A colonização precoce do intestino neonatal é influenciada pelas práticas de alimentação. A diversidade da microbiota fecal durante a permanência em Unidade de Terapia Intensiva de recém-nascidos (RN) alimentados com leite humano é pouco estudada. OBJETIVO: Determinar as diferenças na microbiota fecal dos prematuros recém-nascidos (PRN), considerando o uso de leite materno exclusivo e de fórmula láctea, ao longo dos primeiros 28 dias de vida. MÉTODO: Foram incluídos 62 PRN com IG ≤ 32 semanas, distribuídos em cinco grupos, conforme regime alimentar: 7 PRN com leite materno exclusivo, 8 PRN com fórmula láctea exclusiva, 16 PRN com alimentação mista > 70% de leite materno próprio, 16 PRN com alimentação mista > 70% de fórmula láctea, e 15 PRN com alimentação mista 50% de leite materno próprio e 50% de fórmula láctea. Critérios de exclusão: infecções congênitas, malformações congênitas e RNs de mães usuárias de drogas. As fezes foram coletadas semanalmente durante os primeiros 28 dias de vida. Todos os espécimes fecais foram dissolvidos em glicerol 1:1 e imediatamente congelados a - 80 ºC até extração de DNA microbiano, para amplificação do gene 16 S rRNA e seu sequenciamento. Os dados foram analisados por estatística descritiva e analítica. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes em dados perinatais e neonatais. Diferenças significativas na diversidade da comunidade microbiana nos tratamentos foram encontradas (p <0,001), principalmente entre o uso de leite materno exclusivo quando comparado à dieta com fórmula láctea exclusiva (33%) e a > 70% de fórmula láctea (37%). A dieta por leite materno exclusivo permitiu maior diversidade microbiana (média de 85 Operational Taxonomic Unit – OTUs), enquanto a > 70% de fórmula láctea a menor diversidade (média de 9 OTUs). Demais grupos apresentaram uma média da diversidade microbiana de 29 OTUs para dieta com fórmula láctea exclusiva, 23 OTUs para > 70% de leite materno próprio, e 25 OTUs para 50% de leite materno próprio e 50% fórmula láctea. A proporção média do gênero Escherichia foi sempre maior em tratamentos contendo fórmula láctea do que no tratamento com leite materno exclusivo. CONCLUSÃO: A microbiota fecal no período neonatal de PRN alimentados com leite materno exclusivo possui maior diversidade bacteriana do que os alimentados com fórmula láctea. Sugerimos que a microbiota fecal determinada pelo uso do leite materno próprio pode ser protetora contra várias morbidades neonatais. |