Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dornelles, Laura Vargas |
Orientador(a): |
Silveira, Rita de Cássia dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/188699
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Resumo: |
Introdução: A sepse neonatal precoce continua sendo uma das principais causas de morbimortalidade relacionadas à prematuridade e o seu diagnóstico permanece de extrema dificuldade. O mecônio não é estéril, portanto, uma melhor compreensão do padrão inicial de colonização de microbiota intestinal em recém-nascidos (RN) prematuros pode ser uma ferramenta útil para melhorar o diagnóstico e o tratamento da sepse neonatal precoce. Objetivo: Determinar a microbiota intestinal do primeiro mecônio de recém-nascidos prematuros com idade gestacional (IG) ≤ 32 semanas e verificar sua associação com sepse neonatal precoce clínica. Métodos: Foi obtido uma amostra da primeira eliminação de mecônio de prematuros com IG ≤ 32 semanas nascidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) em um estudo de coorte prospectiva controlado. A microbiota dos prematuros com o diagnóstico de sepse neonatal precoce clínica foi comparada ao grupo controle. Critérios de exclusão: malformações ou infecções congênitas; síndromes genéticas; mães portadoras do vírus HIV e não autorização de pais ou responsáveis legais. Todas as amostras foram armazenadas a -80ºC até a extração do DNA. O DNA microbiano foi isolado a partir de amostras de mecônio usando o QIAamp Fast DNA Stool Mini Kit (Qiagen, Valencia, CA, Estados Unidos). A qualidade do DNA foi determinada por espectrofotometria usando o espectrofotômetro NanoVueTM (GE Healthcare, Chicago, IL, Estados Unidos). A região V4 do gene rRNA 16S foi amplificada e sequenciada usando o ION PGMTM (Thermo Fisher Scientific, Waltham, MA, Estados Unidos) com os iniciadores 515F e 806R, permANOVA foi utilizada para detectar variáveis de confusão. Resultados: 84 prematuros foram incluídos; 40 (48%) com sepse neonatal precoce clínica e 44 (52%) sem sepse neonatal precoce (grupo controle). IG, peso ao nascer, tipo de parto e outros dados maternos e neonatais foram semelhantes, exceto as seguintes características: tempo de bolsa rota (BR) e síndrome do desconforto respiratório (SDR). O tempo de BR > 18h (15, 37,5% e 5, 11,4%, p = 0,03) e SDR (21, 52,5% e 11, 25%, p = 0,03) foram mais frequente nos sépticos quando comparados ao grupo controle. O uso materno de antibiótico (ATB) e pelo RN no momento da coleta não influenciaram a comunidade microbiana do primeiro mecônio. O filo mais abundante encontrado nos dois grupos foi Proteobacteria, porém mais prevalente no grupo sepse (p = 0,034). Presença de sepse neonatal precoce clínica explicou 14% da variação entre as comunidades bacterianas (p = 0,001). Os gêneros mais associados ao grupo sepse foram: Paenibacillus, Caulobacter, Dialister, Akkermansia, Phenylobacterium, Propionibacterium, Ruminococcus, Bradyrhizobium, Alloprevotella e no grupo controle: Flavobacterium. Conclusão: Estes achados suportam a hipótese de que a microbiota do primeiro mecônio de RNs prematuros é diferente naqueles pacientes com e sem o diagnóstico de sepse neonatal precoce clínica. A identificação de comunidades bacterianas específicas de risco pode levar ao desenvolvimento de biomarcadores alternativos para o diagnóstico precoce da sepse neonatal |