Associação entre o ácido valpróico e o fator de crescimento de fibroblastos em matrizes produzidas por eletrofiação coaxial no tratamento da lesão da medula espinal em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Reis, Karina Pires
Orientador(a): Pranke, Patricia Helena Lucas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
VPA
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201405
Resumo: Diversos estudos têm sido realizados em busca de tratamentos para a lesão da medula espinal (LME) e o uso de estratégias da medicina regenerativa mostra-se promissor para promover o reparo no local da lesão. Os scaffolds de microfibras, produzidos por eletrofiação coaxial podem fornecer uma ponte para conectar as áreas de tecidos lesados na LME e desempenhar papéis ativos quando associados a moléculas bioativas. O fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGF-2) e o ácido valpróico (VPA) têm sido descritos na literatura como importantes agentes que promovem neuroproteção e neuroregeneração. No presente trabalho, dois tipos de scaffolds foram produzidos pela técnica de eletrofiação coaxial, um deles contendo FGF-2 e o outro contendo VPA, no interior das microfibras. O potencial biológico desses biomaterias foi analisado em testes in vivo e in vitro. As fibras foram caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura, de transmissão e confocal, bem como pela medida do ângulo de contato e das propriedades mecânicas. Além disso, estudos in vitro foram realizados para avaliar a liberação dessas substâncias dos scaffolds. A bioatividade do FGF-2 e do VPA foi analisada através de testes com células PC12, uma linhagem celular derivada de feocromocitomas de ratos geralmente utilizadas para estudos de scaffolds que visam a regeneração neural. As microfibras foram implantadas em um modelo de LME por hemisecção em ratos e, posteriormente, foram realizadas análises da recuperação motora, histologia e a quantificação da expressão de marcadores neurais. Os scaffolds produzidos por eletrofiação coaxial apresentaram microfibras uniformes com estrutura núcleo-casca e características morfológicas e mecânicas compatíveis para aplicação na LME. Os testes de liberação indicaram uma liberação rápida das duas substâncias nas primeiras oito horas de incubação e o FGF-2 foi detectado no meio por pelo menos 30 dias. As fibras coaxiais contendo tanto FGF como VPA suportaram a adesão, viabilidade e proliferação das células PC12. Além disso, o FGF-2 liberado induziu a diferenciação desse tipo celular. Enquanto o VPA provocou a redução da viabilidade dessas células como já descrito na literatura. A análise histológica do tecido da medula demonstrou que os scaffolds implantados in vivo foram integrados ao local da lesão. Os scaffolds com FGF-2 promoveram melhora locomotora dos animais aos 28 dias após a lesão e também reduziram a expressão de GFAP no local da lesão, indicando diminuição da cicatriz glial. Esses resultados indicam o excelente potencial dos scaffolds produzidos para o tratamento da LME.