Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
França, Fernanda Stapenhorst |
Orientador(a): |
Pranke, Patricia Helena Lucas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/254290
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Resumo: |
Distúrbios do sistema nervoso central apresentam dificuldades de tratamento devido à baixa capacidade regenerativa das células deste sistema. Dentre eles, a lesão da medula espinal (LME) é uma condição que leva a grandes impactos na vida do paciente acometido, como situações de paraplegia, e não há tratamentos eficazes até o presente momento. A galantamina é um fármaco utilizado na doença de Alzheimer. Estudo prévio realizado pelo grupo demonstrou a eficácia em promover melhora funcional em um modelo de LME em ratos. Entretanto, administrações sistêmicas de medicamentos produzem mais efeitos colaterais e levam a menor biodisponibilidade do fármaco no tecido-alvo. Assim, o objetivo deste trabalho foi produzir e avaliar o potencial terapêutico de nanopartículas contendo galantamina para LME. As partículas de poli(ácido lático-co-glicólico) (PLGA) e galantamina foram produzidas por electrospraying e caracterizadas por microscopia eletrônica de varredura e por espalhamento de luz dinâmico para avaliação do tamanho, potencial zeta e índice de polidispersão (PdI). A liberação de galantamina das partículas foi avaliada por 35 dias através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). O potencial neuroprotetor das partículas foi avaliado in vitro em uma cultura de células PC12. In vivo, utilizou-se um modelo de contusão de LME em ratos e as formulações farmacêuticas foram aplicadas no local da lesão. Os animais foram separados em 5 grupos: Sham, lesão, galantamina, partículas de PLGA e partículas de PLGA contendo galantamina (PG). Os efeitos desse tratamento foram avaliados após 3 e 42 dias, quando os parâmetros oxidativos e inflamatórios das medulas espinais foram avaliados, assim como os parâmetros histológicos, após 42 dias. Ainda, a locomoção dos animais foi avaliada semanalmente, por 6 semanas. As partículas poliméricas apresentaram morfologia bicôncava e tamanho adequado, assim como potencial zeta e PdI também adequados para administração local. A galantamina apresentou uma liberação no perfil de burst, mas manteve uma liberação controlada ao longo de 35 dias. In vitro, apenas o tratamento com galantamina livre reduziu a perda de viabilidade das células expostas a peróxido de hidrogênio e nenhuma das formulações farmacêuticas promoveu a redução da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) após a exposição. Por outro lado, em estudo in vivo, o único grupo que apresentou melhoras significativas na função motora após 42 dias foi o grupo tratado com PG. Três dias após a lesão, a administração de galantamina diminuiu os níveis de peroxidação lipídica, ao passo que PG diminuiu os níveis de EROs e IL-1β, além dos níveis de peroxidação lipídica. Além disso, ao analisar os efeitos dos tratamentos em 42 dias após a lesão, o grupo no qual administrou-se apenas a galantamina apresentou diminuição dos níveis de EROs, enquanto o grupo PG diminuiu tanto EROs quanto IL-1β. Assim, o tratamento com PG demonstrou melhoras inflamatórias e oxidativas, bem como melhora funcional após LME. |