Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Costa, Cinthia Cristina de Oliveira Santos
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Orientador(a): |
Nascimento, Ravena Pereira do
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Banca de defesa: |
Nascimento, Ravena Pereira do
,
Santos, Balbino Lino dos
,
Borges, Julita Maria Pereira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular (PMBqBM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39105
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A lesão medular é um grave dano ao sistema nervoso central associado a altas taxas de morbimortalidade, dependência física e encargos financeiros. A inflamação é a principal característica da lesão secundária que proporciona uma cascata de eventos celulares e moleculares que aumentam a área da lesão, agravando os déficits neurológicos e a recuperação tecidual. A literatura apresenta diferentes modelos de estudos no sistema nervoso central nos quais a apigenina tem demonstrado efeitos benéficos. No entanto, há poucas pesquisas sobre o papel neuroprotetor da apigenina na lesão medular, e, além disso, a baixa solubilidade desse flavonoide em água pode ser um fator limitante para suas atividades biológicas. As ciclodextrinas são oligossacarídeos cíclicos cuja estrutura química possibilita a incorporação de substâncias lipofílicas em sua cavidade, conferindo a essas moléculas maior estabilidade e biodisponibilidade. OBJETIVO: Avaliar o efeito anti-inflamatório e neuroprotetor do flavonoide apigenina e de conjugados de apigenina com β-ciclodextrinas em modelo in vitro de neuroinflamação em células da medula espinhal. MATERIAIS E MÉTODOS: Neste trabalho foram utilizadas β-ciclodextrina (β-CD) e outros três derivados. A citotoxicidade da apigenina (API) e dos conjugados de apigenina com β-ciclodextrinas (API-cd’s) foi avaliada pelo ensaio MTT em células PC-12 e células da medula espinhal em uma série de concentrações (0,1-100μM) por 24h. Após sua caracterização, a cultura primária da medula espinhal foi submetida ao dano inflamatório por LPS, e, posteriormente, tratada com apigenina e os melhores conjugados de apigenina. A investigação de alterações em marcadores associados à neuroinflamação foi feita por imunofluorescência. Realizou-se análise da produção de óxido nítrico com os sobrenadantes dos grupos experimentais. A análise da morfologia celular foi realizada por microscopia de contraste de fase, coloração de Rosenfeld e imunofluorescência. A migração celular foi avaliada a partir do ensaio de ranhura e imunofluorescência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A API e API-cd’s não promoveram ação citotóxica em células PC-12 nas concentrações testadas. Observou-se que três conjugados aumentaram a viabilidade das células PC-12, principalmente na concentração de 10μM. A API e API-cd’s não induziram citotoxicidade em cultura primária da medula espinhal nas concentrações testadas. A cultura primária da medula espinhal de ratos neonatos constitui diversidade morfológica de astrócitos, microglia e neurônios, além de agrupamentos de crescimento celular. As células da medula espinhal foram submetidas ao dano inflamatório por LPS a 5 μg/mL durante 12 horas. A API e API-cd 52 diminuíram a expressão de células IBA-1 e CD-68-positivas após o dano induzido por LPS. Duas API-cd’s reduziram de forma significativa os níveis de óxido nítrico. Duas API-cd’s reduziram de forma significativa o número de células S100β-positivas. CONCLUSÕES: A apigenina e os conjugados de apigenina parecem proteger as células da medula espinhal em modelo in vitro de neuroinflamação. |