Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bracht, Cláudia Gomes |
Orientador(a): |
Kruel, Luiz Fernando Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/205157
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Resumo: |
Contexto: O treinamento aeróbico tem se mo4strado efetivo em melhorar o controle do diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Nos últimos anos, este modelo de treinamento tem sido investigado em meio aquático, se mostrando uma alternativa terapêutica interessante. Porém, o papel da progressão das variáveis do treinamento sobre o controle do DM2 não está totalmente elucidado. Objetivo: Comparar os efeitos de dois programas de treinamento aeróbico no meio aquático (caminhada/corrida em piscina rasa), sendo um realizado com progressão e um sem progressão, no controle do DM2. Delineamento: Ensaio clínico randomizado, com duas intervenções em paralelo. Métodos: Indivíduos com DM2, de ambos os sexos, com idade entre 40 e 70 anos, foram randomizados entre os grupos de treinamento aeróbico aquático realizado com progressão (TAP) e treinamento aeróbico aquático sem progressão (TAS). Os treinamentos tiveram a duração de 12 semanas com frequência semanal de três sessões (50 minutos cada). Os treinamentos foram realizados com o método intervalado, sendo que o grupo TAP teve a intensidade do treinamento entre 85-95% da frequência cardíaca referente ao limiar anaeróbico (FCLan) no primeiro mesociclo, progredindo a 85-100% da FCLan no terceiro mesociclo, enquanto o grupo TAS teve sempre a mesma intensidade do treinamento, entre 85-95% da FCLan. Antes e após as intervenções foram realizadas avaliações bioquímicas, de aptidão cardiorrespiratória, de força muscular, de mobilidade funcional e de qualidade de vida (QV), qualidade do sono (QS) e sintomas depressivos (SD). Os dados foram analisados por protocolo (PP) e por intenção de tratar (ITT). As análises estatísticas foram realizadas utilizando-se equações de estimativas generalizadas, com post-hoc LSD, adotando-se um α de 0,05. Os testes estatísticos foram realizados no programa SPSS vs 20.0. Resultados: Quarenta e oito indivíduos com DM2 foram recrutados. Os participantes do grupo TAP tiveram 60,36 ± 9,84 anos e os do grupo TAS, 59,31 ± 9,12 anos. Os níveis de HbA1c e de glicose de jejum permaneceram inalterados após as 12 semanas de intervenção (p> 0,05), sem diferença entre os grupos, tanto na PP quanto na ITT. Os níveis de insulina de jejum, colesterol total e LDL reduziram nos dois grupos de intervenção, nas duas análises realizadas (PP e ITT, p< 0,05). Na análise PP, o índice HOMA-IR e o HDL permaneceram inalterados, porém; apresentaram melhoras (p< 0,05) na análise ITT. Os níveis de triglicerídeos não apresentaram diferenças na análise PP, enquanto apresentaram redução marginalmente significativa (p= 0,050) em ambos os grupos na análise ITT. A proteína C-reativa (análise ITT) e a renina plasmática (análises PP e ITT) permaneceram inalteradas, ao passo que a proteína C-reativa apresentou aumento após as intervenções (análise PP, p<0,05) Quanto aos desfechos cardiorrespiratórios, o VO2pico (análise ITT), VO2LV2, %VO2LV2, FCrep (análises PP e ITT) não apresentaram diferenças significativas, enquanto o VO2pico (análise PP) apresentou redução para ambos os grupos (p< 0,05). A pressão arterial sistólica (análise PP) e a pressão arterial diastólica (análise PP e ITT) não apresentaram diferenças, enquanto a PAS aumentou para o grupo TAS (análise ITT, p< 0,05). Quanto à força muscular, não houveram alterações na força máxima e na força resistente, para ambos os grupos de intervenção (análises PP e ITT). Na mobilidade funcional, os testes TUG em velocidade habitual (análises PP e ITT) e na velocidade máxima (análise ITT) não apresentaram diferenças significativas, enquanto o TUG em velocidade máxima mostrou aumento após as intervenções, (análise PP, p< 0,05) sem diferença entre os grupos. A QV geral (análises PP e ITT) e no domínio psicológico (análise ITT) aumentaram para ambos os grupos TAP e TAS. Por outro lado, a QV no domínio psicológico piorou para os grupos TAP e TAS, de acordo com a análise PP (p< 0,05). Os domínios físico e ambiental da QV (análises PP e ITT), assim como os domínios psicológico (análise ITT) e social (análise PP) permaneceram inalterados. Por fim, a qualidade do sono e os sintomas depressivos não apresentaram diferenças para os grupos de intervenção após os treinamentos propostos. Conclusões: Conclui-se que as intervenções de 12 semanas de caminhada/corrida em piscina rasa propostas no presente estudo proporcionaram benefícios em desfechos bioquímicos e de qualidade de vida em indivíduos com DM2, porém; estes não foram influenciados pela progressão do treinamento físico. |