Treinamento com pesos e cargas progressivas em idosos com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Gonela, Jefferson Thiago
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-03022015-154922/
Resumo: Objetivos: Caracterizar os pacientes com diabetes mellitus tipo 2 segundo as variáveis sociodemográficas e clínicas; comparar as variáveis antropométricas e morfológicas, os exames bioquímicos; a capacidade funcional; a qualidade de vida e a frequência alimentar, antes e após o treinamento com pesos. Método: A amostra foi constituída por 23 pacientes que participaram de um Programa de Treinamento com pesos. Foram utilizados formulários para obtenção das variáveis sociodemográficas, clínicas, antropométricas e morfológicas; Testes de força máxima de membros inferiores e superiores; Testes para avaliação funcional; Questionário SF-36 e de Frequência Alimentar. O tempo da intervenção foi de 16 semanas, sendo 12 de treinamento e quatro de avaliações. O treinamento ocorreu em três dias por semana; com intensidade moderada de 60 a 80% de uma repetição máxima (1RM), equivalente de oito a 12RM. O volume foi aumentado em número de exercícios com o progresso das fases do treinamento. Resultados: 18 (78,3%) dos pacientes eram mulheres, idade média de 68,3 anos, casada ou com cônjuge, aposentada, com escolaridade média de 5,3 anos de estudo. As comorbidades mais frequentes foram dislipidemia e a hipertensão arterial. Houve manutenção do peso corporal, Índice de massa corporal e circunferência da cintura. Ocorreu aumento da cintura escapular, da área muscular do braço e da perna e da massa isenta de gordura. Constatou-se redução da circunferência do tórax e do percentual de gordura. O índice HOMA-IR diminuiu de 3,8 para 2,8 nos pacientes sem uso de insulina. Observou-se tendência de redução da glicemia inicial durante as 37 sessões do treinamento. Houve melhora da sensibilidade à insulina após o Programa de Treinamento com pesos, com valores menores no final do treinamento. Não houve alterações significativas nos parâmetros de colesterolemia. Houve melhora significativa na maioria dos testes funcionais. No teste de levantar da cadeira cinco vezes, no pré-treinamento, nove pacientes apresentaram tempo superior a 13,6 seg. No pós-treinamento quatro mantiveram o tempo acima, mas dois reduziram o tempo de 16,1 seg e 19,6 seg para 13,9 seg. No teste de força de carga máxima, verificou-se aumento significativo tanto em membros superiores quanto inferiores, com 20,8% e 23,4%, respectivamente. Após o período de treinamento com pesos verificou-se redução significativa da pressão arterial sistólica, tanto em repouso quanto após o esforço dos testes funcionais. A qualidade de vida, segundo o SF-36, melhorou em todos os oito componentes. Houve melhora significativa nos componentes capacidade funcional, 18%; aspectos físicos, 63%; dor, 37,7%; vitalidade, 27,2%; aspectos sociais, 25,6%; e saúde mental, 22,5%. Para os componentes estado geral de saúde e aspectos emocionais houve melhora de 10,5 e 21%, respectivamente, mas sem significância estatística. A capacidade funcional dos pacientes apresentou correlação moderada com o desempenho nos testes físicos finais, coeficiente de Pearson de 0,50 a 0,72. Conclusões: o Programa de Treinamento com pesos melhorou a força muscular, a capacidade funcional e a qualidade de vida dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2