Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Tiago Pires Tatton |
Orientador(a): |
Gomes, William Barbosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198582
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Resumo: |
Tese de caráter teórico com ilustração experimental, dividida em quatro capítulos, três sobre os fundamentos teóricos e conceituais de mindfulness, bem como seu desdobramento histórico entre os campos da ciência e da religião e um capítulo experimental sobre os efeitos de um breve treinamento neurocognitivo de mindfulness em universitários. O objetivo central deste trabalho é demonstrar que, apesar da franca expansão de pesquisas teóricas e práticas no campo de mindfulness, permanecem obscuros os limites epistemológicos que diferenciam e legitimam seu desenvolvimento nos domínios da ciência e da religião. Um segundo objetivo é desenvolver e testar a eficácia de uma Intervenção Baseada em mindfulness (MBI) capaz de superar esses limites através de uma perspectiva lúcida, prática, de cunho eminentemente neurocognitivo. Assim, o primeiro capítulo traça aspectos históricos da definição de mindfulness dentro dos campos da ciência e da religião, problematizando sua operacionalização contemporânea e propondo o desenho de mapa conceitual para facilitar a localização das diferentes perspectivas existentes. O capítulo um também aponta as incoerências e desacertos decorrentes da passagem de uma epistemologia espiritual para uma de caráter científico. O segundo capítulo aprofunda este tema, explorando a relação entre o mindfulness religioso e sua inserção no campo das racionalidades médicas, levantando novamente o problema da operacionalização das práticas de mindfulness para além do universo filosófico-espiritual. Utilizando uma perspectiva social das ciências médicas, delimita-se a epistemologia de cada um dos universos de mindfulness – o religioso e o médico. O terceiro capítulo se ocupa da apresentação teórico-conceitual de um protocolo neurocientífico de mindfulness, como um possível framework de trabalho totalmente secular, capaz de transpor as dificuldades apresentadas nos capítulos anteriores e presentes nos protocolos de intervenção mais tradicionais. No quarto capítulo, que marca a seção empírica, verificamos, utilizando um design misto (qualitativo e quantitativo) os efeitos do protocolo apresentado no capítulo três para melhorar a capacidade de regulação emocional e senso de auto-eficácia geral em estudantes universitários. Os resultados indicam que a intervenção é capaz de aumentar os níveis de mindfulness (p≤0,06) e melhorar a capacidade de regulação emocional (p≤0,05), mas não o senso de auto-eficácia geral. Assim, o desenvolvimento de uma intervenção secular, não contendo os tradicionais elementos quasi-religiosos presentes nos programas tradicionais de 8 semanas, é uma alternativa viável que, além de evitar a falta de clareza epistemólogica, é capaz de promover saúde em populações saudáveis. Além disso, a coleta de dados de primeira pessoa, em conjunto com o desenvolvimento de tabela de significância clínica, mostraram que a inclusão de uma perspectiva qualitativa pode enriquecer os achados quantitativos, em particular quando se trabalha com amostras pequenas. |