Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Lucas Pelegrini Nogueira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-08032023-163147/
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Resumo: |
Introdução: Apesar de ser uma conquista, o processo de envelhecimento traz consigo algumas alterações que podem se desdobrar em desfechos prejudiciais à saúde. Uma possível alteração observada durante a senescência diz respeito ao desempenho cognitivo, no qual existe o declínio de alguns domínios o que, por sua vez, pode se desdobrar em um aumento da queixa de memória. Sabe-se que a escolaridade tem um importante efeito no desempenho cognitivo. No entanto, apesar da baixa escolaridade, alguns fatores podem contribuir para o efeito que os anos de estudo exercem sobre a cognição de pessoas idosas. Objetivo: este estudo buscou verificar se existe relação entre os níveis de mindfulness sociocognitivo, a queixa de memória e o desempenho cognitivo de pessoas idosas saudáveis, com diferentes níveis de escolaridade. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e analítico cujos participantes (n=68) foram pessoas idosas cognitivamente saudáveis, residentes na comunidade e registrados na Atenção Primária à Saúde de um município do interior paulista. Foram analisados dados referentes às respostas de um questionário sociodemográfico, desempenho cognitivo (Addenbrooke\'s Cognitive Examination-III), nível de mindfulness sociocognitivo (Escala de Mindfulness da Langer - 21 itens), queixa de memória (Escala de Queixa de Memória - versão A), desempenho nos domínios cognitivos atenção e funções executivas (Teste de Amplitude de dígitos; Teste de Cancelamento de Sinos) e sintomas depressivos (Escala de Depressão Geriátrica - 15 itens). Foram realizadas análises descritivas, de correlação e de regressão linear bivariada e múltipla no programa SPSS, versão 28, e análise de mediação no PROCESS, versão 4.1. Para todas as análises, o nível de significância de p≤0,05 foi adotado. Resultados: A maioria dos participantes foi do sexo feminino, viúvo, aposentado e com baixa escolaridade. A pontuação média para o desempenho cognitivo, teste de amplitude de dígitos para as ordens direta e inversa, bem como para teste de cancelamento de sinos foi, respectivamente, de 74,4; 5,6; 3,6 e 30,5. Já a pontuação média para a queixa de memória foi de 3,5 pontos, para o nível de mindfulness sociocognitivo foi de 104 e de 2,5 para sintomas depressivos. Escolaridade se correlacionou com desempenho cognitivo, teste de amplitude de dígitos e mindfulness sociocognitivo, mas não com o teste de cancelamento sinos ou com queixa de memória. Mindfulness sociocognitivo se correlacionou com todas as variáveis, exceto com o teste de cancelamento de sinos. Além disso, o nível de mindfulness sociocognitivo foi capaz de predizer o desempenho cognitivo, mesmo depois de controlar para a escolaridade. Por fim, a análise de mediação do mindfulness sociocognitivo na relação entre escolaridade e desempenho cognitivo revelou um efeito total de 2,29; efeito direto de 1,87 e efeito indireto de 0,42. Conclusão: Este estudo sugere que indivíduos idosos com melhores níveis de mindfulness sociocognitivo apresentam melhor desempenho cognitivo e menos queixa de memória. Além disso, sugere que esta variável atua como mediadora do efeito que a escolaridade exerce no desempenho cognitivo de pessoas idosas cognitivamente saudável com diferentes níveis de escolaridade. |