Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Moraes Soares, Andréa Cristiane |
Orientador(a): |
Dantas, Monica Fagundes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/100157
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Resumo: |
A partir da perspectiva de uma pesquisa em arte sob o viés autoetnográfico, este memorial propõe uma análise reflexiva do processo de composição de uma coreografia de dança do ventre hibridizada à poética da coreógrafa Eva Schul. Desse modo, tem-se por objetivo compreender como a dança do ventre pode ser matriz de movimento para uma composição contemporânea em dança. Os estudos em "World Dance" (FOSTER, 2009; SHAY, SELLERS-YOUNG, 2003; 2005) e a perspectiva pós-colonialista de autores como Edward Said (2007) e Homi Bhabha (2010) forneceram referencial teórico para propor uma abordagem não eurocêntrica da dança do ventre, a qual postula que todas as danças são potentes artisticamente, independente de sua origem. Imersa na prática das aulas de dança contemporânea de Eva Schul, conhecendo sua poética, vivenciando sua técnica e inspirada pela antropofagia (ANDRADE, 1924; 1928, DANTAS 2008), a pesquisadora encontrou o caminho para alcançar a hibridação desejada (CANCLINI, 2011; LOUPPE, 2012). A poética de Eva Schul permitiu inserir conceito e reflexão na coreografia e relacionar os movimentos clássicos da dança oriental a procedimentos de composição em dança contemporânea. A criação coreográfica apresentada buscou problematizar o orientalismo que vê a dança do ventre de forma imutável através do tempo. Neste estudo compreendeu-se que, para inserir a dança do ventre em uma perspectiva contemporânea, é preciso subverter a visão orientalista associada a esta dança e refletir sobre a ambiguidade da bailarina de dança do ventre a qual, se por um lado, é mostrada como um ser exótico para apreciação, por outro lado é muitas vezes limitada a um objeto sensual passivo. |