Surtos de COVID-19 nos serviços de saúde da cidade de Porto Alegre : caracterização dos serviços e dados clínico-epidemiológicos dos profissionais de saúde afetados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Miri, Malena Rostirola
Orientador(a): Martins, Andreza Francisco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/242254
Resumo: Nosso trabalho teve como objetivo caracterizar o perfil clínico-epidemiológico dos profissionais de saúde envolvidos em surtos de SARS-CoV-2, bem como as medidas de controle e prevenção adotadas pelos hospitais e Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) na cidade de Porto Alegre (RS). As informações sobre as instituições de saúde, os surtos e as medidas adotadas pelas instituições para controle e prevenção foram coletadas através da consulta aos relatórios de inspeção disponibilizados pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS-POA). Os profissionais envolvidos nos surtos foram contatados e convidados a responder o questionário, contemplando perguntas socioeconômicas e clínico-epidemiológicas. Ao total 219 profissionais participaram do estudo, em sua maioria mulheres jovens (74,9%), técnicas em enfermagem (59,4%) e brancas (70,3%). Indivíduos brancos apresentaram mais sintomas relacionados a COVID-19 do que indivíduos pretos e pardos [OR 2,62 (IC 95% 1,03-6,63, p=0,037)]. Indivíduos sintomáticos utilizaram mais medicamentos do que indivíduos assintomáticos [OR 6,86 (IC 95% 1,95-24,1, p=0,001)] e indivíduos sintomáticos contaminaram com mais frequência outro membro da família do que indivíduos assintomáticos [OR 3,23 (IC 95% 1,02-10,2, p=0,037)]. Ao total foram analisados 73 relatórios de inspeção. Os Hospitais e ILPIs apresentaram maior número de surtos nos meses de junho (51,5%) e julho (35%), respectivamente. As medidas de controle e prevenção de surtos analisadas em nosso estudo, foram divididas em 4 categorias: medidas de vigilância, adequação do ambiente, mudanças na rotina de trabalho e medidas educativas. Nosso estudo demonstrou que técnicos em enfermagem, enfermeiros e médicos foram os profissionais de saúde mais acometidos nos surtos, também verificou-se associação estatisticamente significativa entre presença de sintomas e raça, administração de medicamentos e familiares contaminados. O maior número de surtos ocorreu em junho e julho de 2020 e as principais medidas adotadas para controle e prevenção dos surtos foram Utilização de EPIs, distanciamento físico, monitoramento dos profissionais e residentes e revisão e reforço nas medidas de limpeza e desinfecção.