Memórias afro-gaúchas sobre o carnaval: a trajetória do Afro-Sul/ Ọdọmode em Porto Alegre, RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Natália Souza
Orientador(a): Escobar, Giane Vargas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/246497
Resumo: É sobre o carnaval afro-gaúcho que centra-se a temática desta pesquisa, mais precisamente sobre as memórias em torno do carnaval de Porto Alegre produzidas a partir de quase cinquenta anos de atuação do Afro-Sul/Ọdọmọde. O carnaval porto-alegrense constitui-se como mais uma das manifestações da cultura negra invisibilizadas no imaginário gaúcho e porto-alegrense, ação intencional, produzida pela perspectiva predominante da branquitude, que privilegiou a salvaguarda das marcas culturais e simbólicas das etnias branco-europeias. Desse modo, contribui com a preservação das referências culturais negras vinculadas ao carnaval da cidade destaca a existência de um patrimônio cultural negro. Com base nessas observações, o objetivo geral que guiou este estudo: compreender como a participação do grupo Afro-Sul/Ọdọmọde, a partir das suas memórias sobre o carnaval porto-alegrense, contribuiu para construção do patrimônio cultural negro da cidade. Para tanto, a pesquisa adotou abordagem qualitativa, utilizando por base metodológica a História Oral, cuja técnica de coleta de dados se efetivou por meio da promoção de Rodas de Lembranças. A análise dos dados seguiu as técnicas de análise de conteúdo propostas por Isabel Guerra (2006). Ao se debruçar sobre as memórias em torno do carnaval de Porto Alegre, produzidas a partir da atuação do Afro-Sul/Ọdọmọde, promove-se a valorização e a legitimação do espaço como um centro de referência cultural, reunindo os instrumentos de patrimonialização que atenda a vontade de patrimônio externada pelos próprios integrantes, lhes assegurando continuidade das atividades.