Epidemiologia da recessão gengival

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rios, Fernando Silva
Orientador(a): Haas, Alex Nogueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/152805
Resumo: Recessão gengival é uma condição caracterizada pelo deslocamento apical da gengiva marginal expondo a superfície radicular, sendo associada a problemas estéticos e funcionais. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência, extensão, gravidade e indicadores de risco para recessão gengival em adultos acima de 35 anos de idade residentes na cidade de Porto Alegre. Este é um estudo observacional transversal de base populacional. Uma amostra representativa de 1023 indivíduos foi selecionada utilizando-se uma amostragem aleatória proporcional de múltiplos-estágios. Os indivíduos responderam a um questionário estruturado e receberam um exame clínico em quatro sítios por dente de todos os dentes presentes. Comandos analíticos que consideram a amostra complexa foram utilizados para gerar estimativas e em modelos de risco multivariados. Recessão ≥1 mm foi um achado universal (99,7% dos indivíduos). O percentual de indivíduos com pelo menos um dente com recessão ≥3 mm, ≥5 mm e ≥7 mm foi 75,4%, 40,7% e 12,5%, respectivamente. Quanto a sua extensão, 67,6%, 27,8%, 9,5% e 2,1% dos dentes por indivíduo mostraram recessão gengival ≥1 mm, ≥3 mm, ≥5 mm e ≥7 mm, respectivamente. Os dentes mais afetados foram incisivos centrais inferiores, segundos pré-molares inferiores e primeiros molares superiores. O avanço da idade, gênero masculino, exposição ao fumo, nível elevado de educação e pior higiene bucal foram indicadores de risco para recessão gengival. Variáveis relativas à higiene bucal não estiveram associadas com recessão gengival vestibular. Pode-se concluir que existe elevada prevalência de recessão gengival na população estudada, estando associada a diferentes fatores comportamentais e sociodemográficos. Diante disto, políticas públicas de saúde são necessárias para agir sobre os fatores etiológicos desta condição e suas consequências.