Influência da área doadora e da técnica de obtenção de enxerto de tecido conjuntivo nos desfechos do recobrimento radicular de recessões gengivais unitárias : revisao sistemática e meta-análises

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Konflanz, Willian
Orientador(a): Haas, Alex Nogueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256262
Resumo: A recessão gengival (RG) é definida como a migração da margem gengival em direção apical, causando a exposição radicular. De causa multifatorial, essa condição pode impactar negativamente na qualidade de vida e ser um fator de risco para cáries radiculares, baixa estética e hipersensibilidade dentinária. A prevalência da RG parece variar dentre os estudos, com números entre 37% a 99,7% dependendo da gravidade. Para o tratamento desta condição, são necessários a classificação e o diagnóstico corretos para que o clínico possa selecionar a melhor técnica e o melhor enxerto indicado para cada paciente. Com isso, o objetivo dessa revisão sistemática foi avaliar a literatura existente referente ao sítio (palato ou tuberosidade) e a técnica de obtenção do enxerto de tecido conjuntivo (desepitelização intra ou extra-oral) e se existem diferenças nos desfechos clínicos (desfechos centrados no paciente, percentual de recobrimento radicular completo, percentual de recobrimento radicular e largura de tecido queratinizado) após o procedimento de recobrimento radicular. As seguintes questões PICO foram definidas para pacientes com recessões unitárias Classe I e II de Miller: (1) Enxerto de tecido de conjuntivo (ETC) removido de diferentes áreas do palato fornece diferentes resultados de recobrimento radicular (RecRad)? (2) Diferentes técnicas de remoção de ETC fornecem diferentes resultados de RecRad? Para a busca, PubMed, Scopus e Embase foram consultadas, e foram incluídos ensaios randomizados com seguimento >6 meses e que, em pelo menos um dos grupos, o tratamento realizado incluísse ETC. 3275 citações foram encontradas, permanecendo 107 artigos lidos na íntegra, resultando em 56 estudos incluídos na revisão. Apenas um ensaio randomizado foi encontrado comparando diretamente área doadora do palato com tuberosidade (PICO1), e apenas dois comparando diretamente a técnica de remoção do ETC (com ou sem epitélio) para RG unitárias classes I e II de Miller (PICO2). Não foram encontrados ensaios clínicos randomizados (ECR) comparando diretamente tuberosidade e palato, nem comparando desepitelização intra- (DIO) e desepitelização extra-oral (DEO). Em seguida, foram avaliados os braços de estudo de 56 ECRs que possuíam pelo menos um grupo composto por ETC. Nenhum estudo selecionado coletou ETC da tuberosidade. A satisfação do paciente para o DIO e o DEO variou entre 79% e 95% (8 estudos). A% ponderada de cobertura radicular foi de 56% (IC95% 46-66) para DIO e 69% (IC95% 61-76) para DEO. % RC foi de 96,6% (IC95% 94,6-98,7) para DIO e 93,9% (IC95% 87,6-100,0) para DEO. A área doadora de primeira eleição ainda deve ser o palato, não havendo recomendação baseada em evidência sólida sobre qual a melhor técnica de desepitelização do ETC. Pode-se concluir que não há evidências disponíveis para apoiar o uso de ETC da tuberosidade em comparação com o palato para cobertura radicular de recessões únicas. Podem existir diferenças entre IOD e EOD, mas a relevância clínica é questionável