Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Spotorno, Paula Munimis |
Orientador(a): |
Lopes, Rita de Cassia Sobreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/12598
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo investigar as expectativas e sentimentos de mulheres em situação de reprodução medicamente assistida. Participaram do estudo seis mulheres com idades entre 22 e 37 anos que realizavam tratamento para engravidar, especificamente a fertilização in vitro, no Setor de Reprodução do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. As participantes responderam a uma entrevista de dados sócio-demográficos e uma entrevista semi-estruturada sobre as suas expectativas e sentimentos em situação de reprodução medicamente assistida. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo qualitativa e, em termos gerais, revelaram que a infertilidade é uma experiência extremamente dolorosa para o casal, gerando sentimentos de incapacidade, frustração, vergonha, baixa auto-estima, ansiedade e tristeza. A maioria das participantes demonstrou solidão frente ao longo percurso do tratamento, reclamando pela companhia do cônjuge, que freqüentemente manteve-se afastado do processo. Quanto ao relacionamento conjugal, todas as mulheres relataram que a situação de infertilidade aproximou e melhorou o relacionamento do casal. Percebe-se ainda uma idealização da maternidade, na medida em que se imaginam como mães dedicadas e superprotetoras, desconsiderando os aspectos negativos relacionados ao desempenho deste papel. A busca pelo filho custe o que custar vem com o intuito de satisfazer desejos narcísicos dos pais. Os resultados sugerem a necessidade de se incluir profissionais de saúde mental nos serviços de atendimento a estas mulheres, pois se observa que esta experiência abala profundamente o narcisismo dos sujeitos envolvidos, evidenciando a importância dos aspectos inconscientes relacionados ao desejo de ter um filho. |