Vivência de casais inférteis diante de tentativas inexitosas de reprodução assistida: percepções, sentimentos e estratégias para realização do desejo de ter filhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Marques, Patrícia Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/102509
Resumo: O presente estudo teve como objetivo compreender a vivência de casais com diagnóstico de infertilidade diante de tentativas inexitosas no tratamento de reprodução assistida, no sentido de conhecer suas percepções, sentimentos e estratégias para realização do desejo de ter filhos. Efetuou-se um estudo de caso múltiplo com três casais escolhidos por conveniência. Utilizouse uma entrevista semi-estruturada que foi aplicada com os cônjuges separadamente. Emergiram cinco grandes categorias temáticas: o desejo de ser mãe e pai: em busca da parentalidade; diagnóstico; tratamentos inexitosos; estratégias diante dos tratamentos inexitosos; e rede de apoio. Destacou-se o forte desejo de serem pais; a influência das expectativas/normas sociais nesse desejo; a questão do feminino associado à maternidade; a repetição dos tratamentos, que influenciou no aumento do sofrimento dos cônjuges; e o forte investimento subjetivo para a chegada do filho, que envolveu tempo, dinheiro, disciplina, persistência, expectativa, ansiedade e sofrimento de cada cônjuge. A decisão pela desistência dos tratamentos esteve relacionada ao número de tentativas inexitosas e ao sofrimento acumulados. A escolha pela interrupção deu-se a partir da terceira tentativa sem sucesso. Os casais mostraram-se fortemente vinculados apesar do sofrimento vivenciado nos tratamentos sem êxito. A adoção foi a estratégia mais utilizada como alternativa para a realização do desejo de ter filhos. Tanto os homens como as mulheres, mostraram-se susceptíveis a uma série de mudanças diante do desejo e da realização da parentalidade. As redes de apoio foram fundamentais nas suas múltiplas funções e no fornecimento de esforços protetores durante diferentes momentos dos tratamentos inexitosos cujos eventos propiciaram estresse e sofrimento. Enfatiza-se a importância do apoio psicológico (antes, durante e após a realização dos ciclos), assim como de práticas médicas que visem ao bem-estar dos casais em tratamento. Salienta-se o respeito às subjetividades e de se considerar como única a experiência de cada casal que vivencia a infertilidade. Palavras-chave: infertilidade, reprodução assistida,conjugalidade, maternidade, paternidade, parentalidade