A construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Fundamental e sua relação com os conhecimentos escolares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Tiago Cortinaz da
Orientador(a): Gandin, Luis Armando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/202032
Resumo: A presente pesquisa e tese de doutorado investigou a construção da Base Nacional Comum Curricular - BNCC para o Ensino Fundamental. Através da abordagem do ciclo de políticas (BOWE; BALL; GOLD, 1992; BALL, 1994) analisa, no contexto de influência, como atuaram os principais agentes e agências envolvidos na construção da BNCC; no contexto da produção de texto analisa o impacto que tiveram fundações privadas, organismos internacionais e avaliações em larga escala na definição de conhecimentos escolares, assim como as disputas epistemológicas específicas das diferentes áreas do conhecimento. O referencial teórico adotado para a análise da construção da política curricular foi a obra de Michael Apple (1989; 2000) e de Ivor Goodson (1995); já para a análise da definição dos conhecimentos escolares foram utilizados os conceitos de tradição seletiva (WILLIAMS, 1979) e conhecimento poderoso (YOUNG, 2007; 2016). Os dados indicam que a primeira e segunda versões da BNCC contaram com ampla participação popular e foram fortemente determinadas pela equipe de 132 assessores e especialistas. Após o golpe parlamentar sofrido pela Presidenta Dilma Rousseff, o Conselho Nacional de Secretários de Educação - Consed e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação - Undime passaram a ter um protagonismo maior nas definições da BNCC. As fundações privadas parecem ter um poder de influência muito maior junto ao Consed e à Undime - implementadores das políticas educacionais - do que junto ao Ministério da Educação - MEC. As avaliações em larga escala não influenciaram o conteúdo da BNCC, mas aceleraram sua feitura devido aos maus resultados apresentados nas mesmas.