Efeitos da exposição à ocratoxina A sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos em peixes-zebra (Danio rerio)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Jessica Valadas da
Orientador(a): Piato, Angelo Luis Stapassoli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/239130
Resumo: A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina produzida por espécies de fungos filamentosos amplamente encontrada como contaminante em alimentos e com alto potencial tóxico. Estudos demonstraram que essa toxina causa danos aos rins e ao fígado; no entanto, os dados sobre os efeitos da exposição à OTA no sistema nervoso central ainda são escassos. O peixe-zebra (Danio rerio) é um teleósteo muito utilizado em pesquisas translacionais devido à sua homologia fisiológica, genética e comportamental com os mamíferos, além de ser útil como bioindicador ambiental. Assim, este estudo teve como objetivo investigar os efeitos da exposição à OTA nos parâmetros comportamentais e neuroquímicos em peixes-zebra adultos. Os animais foram tratados com diferentes doses de OTA (1,38, 2,77 e 5,53 mg/kg) e submetidos a avaliações comportamentais no teste de tanque aberto e teste de interação social. Posteriormente eles foram eutanasiados e os encéfalos usados para avaliar marcadores neuroquímicos associados ao estresse oxidativo. No teste de tanque aberto, OTA alterou a distância percorrida, o ângulo de giro absoluto, a velocidade média e o tempo de congelamento. No entanto, não foram observados efeitos significativos no teste de interação social. Além disso, OTA aumentou as atividades da glutationa peroxidase (GPx), glutationa-S-transferase (GST) e glutationa redutase (GR), também diminuiu os níveis de tióis não-proteicos (NPSH) no encéfalo do peixe-zebra. Este estudo mostrou que a OTA pode afetar o sistema nervoso central em peixes-zebra, mesmo em doses baixas.