Variáveis associadas a risco de incompatibilidades medicamentosas em prescrições de crianças e adolescentes portadores de neoplasia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Maitê Telles dos
Orientador(a): Gregianin, Lauro José
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/179007
Resumo: Objetivo: Avaliar as potenciais incompatibilidades medicamentosas em prescrições de oncologia pediátrica e identificar possíveis fatores de risco para sua ocorrência. Método: Estudo transversal que avaliou as prescrições de pacientes da oncologia pediátrica em um hospital universitário terciário no período de dezembro de 2014 a dezembro de 2015. A associação entre as variáveis e o risco de potenciais incompatibilidades entre os medicamentos intravenosos foi determinada pelo teste t de Student e Qui – quadrado de Person considerando significativo para p<0,05. Calculou-se o Odds Ratio com intervalo de confiança de 95% de cada medicamento que apresentou diferença estatisticamente significativa no teste de qui quadrado para diferenças entre proporções. Resultados: Foram avaliadas 385 prescrições. A média de idade dos 124 pacientes foi 9,22 anos (DP = ± 5,10), sendo 50,65% do sexo masculino. O diagnóstico e o motivo da internação mais frequentes foram, respectivamente, as leucemias (27,30%) e a administração de quimioterapia (36,10%). O cateter totalmente implantado (portocath) foi o acesso venoso mais utilizado, em 61,30% dos pacientes. Em 87,5% das prescrições havia a possibilidade de ocorrência de alguma incompatibibilidade e foram encontradas 2108 incompatibilidades medicamentosas ao total, sendo 300 diferentes combinações entre dois medicamentos. Maior idade, diagnóstico, motivo de internação e tipo de acesso venoso apresentaram-se como fatores de risco para potencial de incompatibilidades (p<0,05). Entre os medicamentos que apresentaram maior risco para potenciais incompatibilidades medicamentosas estão o ácido folínico, bicarbonato de sódio, cefepime, difenidramina, dimenidrinato, hidrocortisona e ondansetron com Odds Ratio significativo. Conclusões: A possibilidade de incompatibilidade medicamentosa em prescrições de pacientes oncológicos pediátricos é frequente. A identificação dos fatores de risco e o manejo preventivo podem contribuir na segurança do paciente e no uso racional de 5 medicamentos nesta população.