Fatores clínicos associados ao sucesso nas punções intravenosas periféricas de crianças e adolescentes atendidos em um hospital público

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fraga, Thaís Ramos lattes
Orientador(a): Martins, Ridalva Dias Felix lattes
Banca de defesa: Martins, Ridalva Dias Felix lattes, Avelar, Ariane Ferreira Machado lattes, Pires, Claúdia Geovana da Silva lattes, Oliveira, Márcia Maria Carneiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38891
Resumo: Para evidenciar resultados positivos no cuidado prestado à criança, ao acompanhante e a segurança do paciente, é imprescindível domínio científico e prático da punção venosa periférica (PIP). Estabeleceu-se como objetivo: investigar os fatores demográficos e clínicos associados ao insucesso nas punções intravenosas periféricas de crianças e adolescentes internados em um hospital público de referência para pediatria na Bahia, e como objetivos específicos: Caracterizar o perfil demográfico e clínico das crianças e adolescentes submetidos à punção intravenosa periférica em um hospital público; Estimar a frequência de insucesso nas punções intravenosas periféricas nessas crianças e adolescentes. Trata-se de estudo de corte transversal, realizado com dados secundários, com uma amostra de 411 crianças e adolescentes, totalizando 723 punções intravenosas periféricas, haja vista algumas crianças terem sido submetidas a mais de uma punção. O instrumento para coleta de dados foi elaborado contendo informações através das características demográficas e clínicas das crianças e adolescentes, histórico clínico relacionado à TIV, variáveis relativas à PIP e complicações relacionadas à PIP. Para essa análise, foi considerada como variável dependente o sucesso do AVP, categorizada em sim e não. Os dados coletados foram tabulados em planilhas eletrônicas com auxílio do aplicativo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0, e analisados através do STATA, versão 13, que foi elaborado para uma análise descritiva, após o cálculo das frequências absoluta e relativa e das medidas de tendência central (media e mediana) e medidas de dispersão (desvio padrão). Para verificar a associação entre desfecho e exposição, foi realizada uma análise bivariada a partir do Teste do Qui-quadrado Pearson e Teste de Fisher, considerando um p-valor ≤ 0,05 para associação estatisticamente significante. Para a análise múltipla, a OR foi transformada em Razão de prevalência (RP) através de regressão de Poisson robusto. Para a estimativa das RP ajustadas, foi adotado o modelo de regressão hierarquizado do tipo stepwiseforward para inserção das variáveis. No modelo final observado, a permanência da significância estatística obteve valores de níveis descritivos iguais ou inferiores a 5%. O projeto matriz foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santanta, sendo aprovado com parecer nº 841.612/2014. Os achados mostram uma frequência de 89,21% de sucesso nas PIP, em relação ao modelo múltiplo. Os fatores independentemente associados ao sucesso das punções foram: para a veia visível, 3,44 vezes (IC95%: 2,27– 5,24; p-valor <0,001), a prevalência de sucesso para aquelas que não apresentavam veia visível. Em relação às características da punção, o número de tentativas esteve associado ao sucesso, sendo que apenas uma tentativa apresentou uma prevalência de sucesso 10,96 vezes à prevalência de sucesso em duas ou mais tentativas (IC95%: 5,35 – 22,45; p-valor < 0,001), assim como as punções realizadas nos membros superiores (RP = 3,59; IC95%: 2,29 – 5,62; p-valor < 0,001), de forma direta (RP = 2,59; IC95%: 1,66 – 4,04; p-valor < 0,001) com uso docateter de calibre 22 (RP = 2,29; IC95%: 1,44 – 3,65; p-valor < 0,001). Destaca-se o fortalecimento e readequação das práticas baseadas em evidências, para fortalecer os fatores que estão relacionados ao sucesso da PIP e garantem a qualidade e segurança do paciente.