Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Marques, Marília Rossato |
Orientador(a): |
Netto, Carlos Alexandre |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/226168
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Resumo: |
A lesão da medula espinhal (LME) é uma patologia que resulta em uma deficiência motora e/ou sensorial, temporária ou permanente. Os primeiros comprometimentos decorrentes da lesão, denominados como lesão primária, geram danos no parênquima da medula espinal (ME) e desencadeiam uma complexa sequência de modificações metabólicas que aumenta a morte celular nesta região. Uma possível intervenção para a reabilitação da marcha é o treino locomotor em esteira (TLE) a partir de estímulos motores que desencadeiam a plasticidade dependente de atividade e favorecem a recuperação funcional após a LME. Entretanto, os resultados observados sobre os efeitos do TLE após a LME, são controversos, assim como os mecanismos biológicos envolvidos não são totalmente conhecidos. Com isto, esta tese teve como objetivo avaliar os efeitos do TLE iniciado em um período precoce, intermediário e tardio após a lesão medular por contusão em ratos. O protocolo de treino locomotor teve início 7, 14 ou 28 dias após a lesão medular (20 minutos cada sessão, uma sessão por dia, 5 dias por semana, durante 10 semanas). Observou-se que os animais que iniciaram o TLE 7 dias após a lesão apresentaram uma piora na recuperação funcional, sendo quantificado um menor número de neurônios na ME e uma maior morte neuronal por apoptose 6 horas depois de iniciado o primeiro dia de treino. Além disso, os animais que realizaram o treino precoce tiveram um maior volume de lesão ao finalizar o protocolo de treino. Em contrapartida, os animais que iniciaram o TLE com 14 ou 28 dias apresentaram uma melhor recuperação funcional, que pode ter sido decorrente de uma preservação de motoneurônios na ME, uma menor atrofia muscular e maior expressão de BDNF no músculo tibial anterior. Estes resultados obtidos permitem concluir que o TLE promove uma recuperação funcional dependente do período no qual o estímulo foi iniciado após a lesão medular. Estas evidências reportam a importância de existir uma maior compreensão sobre os mecanismos envolvidos no treino locomotor, visando proporcionar aos indivíduos com lesão medular a melhor recuperação funcional possível. |