Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernanda Kohn Bastos da
|
Orientador(a): |
Medeiros, Magda Alves de
|
Banca de defesa: |
Almeida, Norma Aparecida dos Santos,
Resende, Victor Túlio Ribeiro de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14933
|
Resumo: |
Uma lesão traumática na medula espinal promove rápida morte celular no epicentro da lesão e desencadeia uma série de eventos vasculares, celulares e bioquímicos, denominados danos secundários, que culminam em morte de células que estavam intactas após o trauma inicial e, desta forma, amplifica a lesão e a disfunção tecidual. O 17β-estradiol (E2) é um hormônio esteroide endógeno produzido principalmente pelas gônadas e que tem demonstrado efeito neuroprotetor in vitro e in vivo, em diversas doenças e traumas no sistema nervoso central (SNC). Na lesão medular espinal o E2 tem evidenciado múltiplas ações neuroprotetoras por modular diversos danos secundários à lesão, tais como: inflamação, apoptose, estresse oxidativo e alterações vasculares. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi avaliar se, de forma aguda, o E2 promove recuperação locomotora em ratas ovariectomizadas submetidas à lesão medular por compressão. Neste estudo foram utilizadas ratas Wistar que foram submetidas a ovariectomia bilateral (OVX) e após uma semana foi induzida a lesão medular através da inflação do balão de um cateter Fogarty 2F de embolectomia, inflado com 15μl de solução salina no espaço epidural entre as vértebras T8 e T9 durante 5 minutos. Quinze minutos após a cirurgia de lesão medular foi administrado por via subcutânea uma dose única de 100 μg/Kg de E2 diluído em óleo (grupo OVX+E2) ou somente o veículo óleo (grupo OVX+óleo). Uma parte dos animais foi submetida a OVX e após uma semana foi realizada apenas a laminectomia vertebral (grupo OVX+sham). A performance locomotora dos animais foi avaliada através do teste BBB durante 14 dias e foi detectado uma significativa melhora na recuperação locomotora do grupo OVX+E2 comparado ao grupo OVX+óleo no 10º e 14º dia após a lesão medular. Para verificar se essa melhor capacidade locomotora dos animais tratados com E2 esta relacionada com a menor quantidade de lesão no tecido medular, foi realizada a análise histopatológica de cortes longitudinais de tecido medular desses animais. Na avaliação histopatológica da medula foi detectado que o grupo OVX+E2 apresentou lesões significativamente menores sob os aspectos de comprimento, largura e área da lesão comparado ao grupo OVX+óleo. Nesse sentido, os resultados sugerem que o E2 é capaz de promover recuperação locomotora após uma lesão moderada na medula espinal, sendo esse efeito associado ao menor tamanho de lesão no tecido, corroborando com a hipótese de que o E2 é um hormônio neuroprotetor. |