Caracterização patológica e microbiológica de lesões na glândula mamária de vacas leiteiras no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bianchi, Ronaldo Michel
Orientador(a): Driemeier, David
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/251798
Resumo: Lesões na glândula mamária de bovinos leiteiros são de grande importância, pois geram grande impacto à cadeia produtiva leiteira. Devido a isso, nessa tese estão incluídos dois artigos científicos acerca do tema, com destaque para as mastites e a papilomatose de tetos. O primeiro trabalho objetivou caracterizar os achados macroscópicos e histológicos de mastites em vacas leiteiras e correlacioná-las com os patógenos envolvidos. Para isso, amostras de leite e fragmentos de tecido de cada quarto mamário de vacas leiteiras abatidas foram encaminhados para análise microbiológica e histopatológica, respectivamente. No total, 148 vacas e 592 quartos mamários foram coletados. Desses, 432 (73%) apresentaram lesões inflamatórias (mastite), classificadas em sete padrões de acordo com a análise histopatológica. Os padrões misto, linfoplasmocítico e supurativo foram os mais prevalentes com 35,9% (155/432), 27,1% (117/432) e 14,3% (62/432) dos casos, respectivamente, e associaram-se aos mesmos patógenos: Streptococcus spp., Staphylococcus coagulase negativa (SCN), Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus uberis e Corynebacterium bovis. Lesões piogranulomatosas foram observadas em 7,2% (31/432) dos casos, com diferentes padrões de acordo com o agente envolvido, principalmente ocasionadas por S. aureus e Nocardia sp. Mastite abscedativa representou 6,0% (26/432) dos casos, predominantemente associada a Trueperella pyogenes. O padrão necrossupurativo foi observado em 5,8% (25/432) dos casos, associado a bactérias como SCN e Escherichia coli. Mastite granulomatosa representou apenas 3,7% (16/432) dos casos e foi ocasionalmente associada ao Mycobacterium sp. O segundo estudo teve por objetivo descrever os aspectos moleculares e patológicos de papilomas em tetos de 73 vacas leiteiras encaminhadas ao abate. Fragmentos das lesões foram coletados em pools individuais por animal e submetidas à análise molecular. Os tetos com as lesões remanescentes processados e submetidos à análise histopatológica. Os papilomas apresentaram três padrões macroscópicos: exofítico (5 [6,9%]), plano (29 [39,7%]) e misto (39 [53,4%]). Histologicamente, todas as amostras foram identificadas como papilomas escamosos. Na análise molecular, em 27 amostras foram identificados oito tipos clássicos de papilomavírus bovino (BPVs 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12); em 17 amostras, seis prováveis tipos de BPV previamente descritos; e em 15 amostras, 10 prováveis novos tipos de BPV.