Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Franco, Ananda Finco Raposo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/202798
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da associação entre cefoperazona e prednisolona no tratamento de casos naturais de mastite clínica (MC) em bovinos leiteiros durante a lactação. Animais de 14 rebanhos comerciais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais, denominados como: 1) grupo PCEF: receberam tratamento intramamário contendo 250 mg de cefoperazona e 4 mg de prednisolona a cada 48h, totalizando 2 aplicações (N=147) e 2) grupo CEF: tratados somente com cefoperazona, conforme tratamento do grupo PCEF (N=141). Foram coletadas amostras de leite para cada quarto mamário incluído no estudo no dia da detecção do caso (D0), e 14 (D14) e 21 (D21) dias após D0, para realização de diagnóstico microbiológico e contagem de células somáticas (CCS). Os desfechos estudados foram cura microbiológica, cura clínica, recorrência de MC, risco de novas IMI em D14 e D21, CCS em D14 e D21 e produção de leite e CCS no 1o, 2o e 3o exames mensais após MC. Um total de 288 casos de MC foram randomizados em PCEF (n = 147) ou CEF (n = 141). A cura clínica (PCEF = 81,63% e CEF = 82,27%) e o tempo mediano (1o - 3o quartil) até a cura clínica [PCEF = 3,0 (2,5-4,0 dias) e CEF = 3,50 (3,0-4,0) dias] não foram diferentes entre os tratamentos. O risco de cura clínica foi 1,86 (IC 95%: 1,38-2,51) vezes maior para os casos leves, em relação aos moderados. A cura microbiológica (PCEF = 68,87% e CEF = 54,21%) não diferiu entre os tratamentos. Os casos associados a patógenos Gram-negativos foram 5,40 (IC 95%: 1,84-15,91) vezes mais propensos a serem curados do que aqueles associados a patógenos Gram-positivos. A recorrência de MC (PCEF = 26,67% e CEF = 21,93%) e o tempo mediano até a recorrência (PCEF = 63,5 e CEF = 65 dias) não diferiram entre os tratamentos. Para os casos com cultura negativa em D0, a incidência de nova IMI em D14 (PCEF = 18,75% e CEF = 34,78%) e D21 (PCEF = 28,13% e CEF = 39,13%) não foi diferente entre os tratamentos. A CCS foi numericamente maior em CEF do que em PCEF em D14 e D21, embora as diferenças não tenham sido estatisticamente xi significantes. Da mesma forma, não foram encontradas diferenças significantes entre a CCS ou a produção de leite no 1o, 2o e 3o teste mensal após o caso de MC. Os resultados deste estudo indicam que o tratamento intramamário de casos naturais de MC com PCEF não foi superior ao tratamento com CEF, com base no risco de cura clínica e microbiológica, recorrência de MC, risco de nova IMI, produção de leite e CCS. |