Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Orsi, Guillermo Omar |
Orientador(a): |
Silva, Marcelo Kunrath |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/170395
|
Resumo: |
tema desta pesquisa é o papel da mídia corporativa na produção de enquadramentos da ação coletiva. A partir do estudo dos materiais da mídia corporativa procura-se entender qual o papel e a importância da mídia na produção de movimentos de rua e protestos. Especificamente, o objeto empírico central escolhido foram as produções do jornal Clarín, anteriores à mobilização. Metodologicamente, foi montado um banco de dados com as matérias produzidas pelo veículo que se relacionavam com a atividade política, econômica e internacional referentes ao período de trinta dias anterior ao Cacerolazo argentino de 8 de novembro de 2012 (8N), que representa o ponto de maior importância do ciclo de mobilizações na qual o protesto se insere. Assim, o objetivo da pesquisa é analisar os enquadramentos das ações coletivas produzidos no veículo e seus vínculos com os enquadramentos utilizados pelos grupos de Facebook que convocaram e organizaram as mobilizações. Em um contexto teórico e social que tem começado a se desinteressar da influência da mídia tradicional, desde o surgimento das redes sociais virtuais e as “novas mídias”, as quais têm sido interpretadas como substituto dela - mas como se argui e mostra aqui, ainda não possuem legitimidade nem credibilidade próprias e nutrem-se em última instância dos veículos tradicionais - procura-se contestar as visões dominantes na literatura, as quais outorgam dois papéis para a mídia em relação às mobilizações: ou ela é contrária aos protestos ou ela é um espaço de confronto pelo qual os movimentos lutam para dominar. Seguidamente, foram capturados e confrontados materiais tanto da mídia corporativa quanto dos grupos de Facebook e de jornalistas independentes para desenhar a imagem que, posteriormente, foi criada do evento e confrontar as diversas visões existentes. A proposta desta pesquisa é, portanto, avançar no entendimento da mídia corporativa como estrutura de mobilização em contextos de polarização política, adaptando esse espaço deixado vago pelos partidos políticos, assim como iniciar o entendimento dos vínculos e a articulação estabelecida entre esta e as novas mídias (internet). |