Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcelo da [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/89405
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Resumo: |
As notícias são artefatos lingüísticos que tratam e representam determinados aspectos da realidade, e na sua construção interagem fatores de natureza histórica, ideológica, pessoal, tecnológica e social; as notícias que temos nos meios de comunicação não são selecionadas e enunciadas simplesmente pelo acaso. As explicações para as notícias serem como são só terão interesses se nós pressupormos que não é óbvio serem o que são. Nesse sentido, esta investigação objetiva analisar, compreender e deter alguns sentidos pregnantes na imprensa argentina acerca do Brasil, pois não estamos convencidos de que as notícias apenas espelham o mundo exterior e imprimem os pontos de vista da classe dominante. A partir das Teorias da Notícia e da Análise de Discurso Francesa, pretendemos palmilhlar a teia noticiosa do jornal argentino Clarín, identificando que assim como a linguagem, o jornalismo é uma atividade opaca, não-transparente e que, portanto, nos dá muito mais um trato do que um retrato da realidade. O Brasil enunciado no Clarín carrega uma série de esteriótipos, formações discursivas reificadoras e legitimadores de uma imagem negativa que pode produzir no imaginário coletivo argentino, e em diferentes mediações sócio-culturais, uma concepção de Brasil vincada muito mais em critérios de noticiabilidade e de audiência, que em explicações plausíveis dos acontecimentos brutos que erigem no Brasil e são levados às páginas do Clarín. No afã de organizar e deter o caos - esse caldo amorfo que serve de cultura à confusão, ao inusitado e ao inesperado - o jornal Clarín, na construção do acontecimento na notícia, parece intoxicar e fazer perder a noção de funcionamento do mundo e do Brasil, ao mesmo tempo em que busca informar e esclarecer sobre o que ocorre por dentro da sociedade brasileira. |