Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Betencourt, Paulo Ricardo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-16052014-144350/
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Resumo: |
Os cacerolazos surgidos em meados de 1971 no Chile, que se espalharam posteriormente pela América do Sul, se configuram como ações coletivas que agenciam múltiplas formas de expressão sonoras a favor das lutas de um povo. Em sua maioria, os participantes de tais ações se utilizam de diversos tipos de panelas e/ou utensílios domésticos para produzir um território rico e de alta intensidade e complexidade sonora. A pesquisa: Memórias dos Cacerolazos: cartografia de forças não sonoras se tornando sonoras tem como propósito tecer uma cartografia a partir de relatos, depoimentos e vivências acerca dos cacerolazos que aconteceram em Buenos Aires (2001) e Santiago do Chile (2011). Pretende-se fazer um caminhar nômade, de uma análise fluída que escuta a vida; isto é, compreender através da escuta os sentidos produzidos por aqueles que participaram destas ações. Tais encontros permitem colocar corpos em movimentos e assim criar e possibilitar a efetuação de novos territórios que se dão nos deslocamentos destas forças e fluxos. São memórias como acontecimento, que emergem e se desdobram a partir de forças não sonoras e que permitem pensar numa memória a partir de uma escuta da diferença. A pesquisa lança mão de conceitos fundamentais para se pensar o tempo do acontecimento; do tempo Aíon. Um tempo que não é o tempo das medidas e dos relógios, mas um tempo incorpóreo que permite que cada indivíduo entre neste constante produzir-se e assim permita que os hábitos e as memórias se articulem num devir inventivo: produtor de novos tempos e de novos modos de se viver a cada instante. Deste modo pode-se vislumbrar novas maneiras de se fazer política a partir de memórias que não são estanques, mais inventivas e produtoras de novas realidades |