"Mi ficción es una bolsa de retazos" : memória, deslocamento e esquecimento na literatura de Sylvia Molloy

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ramos, Twyne Soares
Orientador(a): Castiglioni, Ruben Daniel Méndez
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281884
Resumo: Esta tese se propõe a analisar o entrecruzamento entre memória, deslocamento e esquecimento nas obras narrativas En breve cárcel (1981), El común olvido (2019 [2002]), Varia imaginación (2014 [2003]), Desarticulaciones (2016a [2010]), Vivir entre lenguas (2016b) e Animalia (2022), da escritora argentina Sylvia Molloy. Entende-se que seu primeiro livro já abarcava o que viria a ser a essência de sua literatura, uma escrita deslocada, construída a partir da fragmentação da memória e de seu esquecimento. Os personagens de Molloy são seres deslocados, que revisitam o lar deixado para trás – aquele da infância – física, linguística e memorialisticamente. O trabalho da memória engendra espaços nos quais tudo é oblíquo, transitório e passível de esquecimento. São indivíduos que não terminam de ir e tampouco regressam de todo; vivem entre diferentes espaços. Seus deslocamentos, que não são apenas físicos, também dizem respeito ao âmbito das sexualidades não normativas. Assim, memória, deslocamento e esquecimento (inclusive patológico) estão imbricados e dependem um do outro para conformar uma literatura feita a partir de sobras e de retalhos. Para pensar a memória e o esquecimento, há contribuições teóricas de Iván Izquierdo (2014), Lisa Genova (2021), Jeanne Marie Gagnebin (2006), Paul Ricoeur (2003, 2007 [2000]), Joël Candau (2011 [1998]) e Aleida Assmann (2011 [1999]). Com relação à sexualidade, os escritos de Adrienne Rich (2010 [1980]) apoiam teoricamente as análises. Por fim, no que tange ao deslocamento, foi a obra de Gaston Bachelard (2008 [1957]) que sustentou as análises literárias. Além disto, outras diversas vozes que tratam da obra de Molloy figuram neste trabalho.