Escrita de si, memória e deslocamento nas obras de Sylvia Molloy

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Moura, Dayane Campos da Cunha lattes
Orientador(a): Noronha, Jovita Maria Gerheim lattes
Banca de defesa: Carrizo, Silvina Liliana lattes, Quintana, Suely da Fonseca lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1881
Resumo: Esta dissertação objetiva discutir as relações entre teoria, ficção e escrita de si na obra da escritora argentina Sylvia Molloy, considerando especialmente suas reflexões acerca do gênero autobiográfico e das relações entre exílio, língua e pátria presentes em ensaios e outros textos. A partir dos livros de relatos breves Varia Imaginación (2003) e Desarticulaciones (2010), sem deixar de lado seus romances e entrevistas, procuramos mobilizar um diálogo com os ensaios sobre o gênero autobiográfico (Vale o escrito: a escrita autobiográfica na América Hispânica ─ 2004) e sobre a condição de estrangeirismo que assinala a prática de autores que vivem e pensam a literatura nacional a partir da experiência do exílio (“Back home: un posible comienzo” ─ 2006), com vistas a tentar compreender sua articulação como parte de um projeto que tem no deslocamento e na prática da frontería seu lugar de enunciação. As preocupações ou inquietações teóricas e literárias na obra da autora estão perpassadas pela própria experiência, da mesma forma que na escrita de si o veio literário, bem como as questões abordadas em seus trabalhos teóricos — seja por meio da citação, de um certo modo de contar-se e de contar o outro, das reflexões acerca da memória e da constituição plural do sujeito — estabelecem um diálogo em que esses caminhos/percursos se entrecruzam e se atravessam na conformação de um sujeito em constante deslizamento entre os gêneros, os lugares e as línguas.