Função endotelial, arquitetura e qualidade muscular e mobilidade de pacientes com insuficiência cardíaca hospitalizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rodrigues, Ana Paula
Orientador(a): Sbruzzi, Graciele
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257048
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) apresentam diversas alterações neuromusculares e fisiopatológicas, como remodelação miocárdica e disfunção endotelial, prejudicando sua condição física. Ainda há poucos estudos que avaliam a função endotelial e a condição física, através de parâmetros de ultrassom muscular, e mobilidade em pacientes com IC na fase de hospitalização, bem como suas relações com a gravidade da doença. OBJETIVOS: Avaliar e caracterizar os pacientes com IC quanto a função endotelial, a arquitetura muscular e a mobilidade, bem como correlacionar esses desfechos com a gravidade da IC através da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e classificação funcional segundo a New York Heart Association (NYHA). MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo transversal, correlacional. Foram incluídos pacientes hospitalizados com IC com FEVE reduzida independente da etiologia, de ambos os sexos, com idade entre 30 e 80 anos, internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os pacientes foram recrutados e avaliados com até 7 dias de internação. Os desfechos avaliados foram: (1) função endotelial: avaliada por ultrassonografia de alta resolução da artéria braquial através da técnica de dilatação mediada pelo fluxo (DMF); (2) arquitetura muscular (espessura, área de secção transversa, ângulo de penação): avaliada por ultrassonografia do músculo quadríceps; (3) qualidade muscular: avaliada por ultrassonografia do músculo reto femoral e (4) mobilidade: avaliada pela PERME. Análise Estatística: Os dados foram expressos como média e desvio padrão e mediana e amplitude interquartil. Para correlação das variáveis foi utilizado o teste de correlação tauKendall (τ) e o teste de correlação de Pearson (r). O poder estatístico foi verificado, sendo considerado 0,8, e o nível de significância adotado de 0,05. RESULTADOS: Onze pacientes foram avaliados. A média de idade foi 60±13 anos, sendo a maioria do gênero masculino (82%). Em relação a FEVE e classificação funcional NYHA, a média da FEVE foi 22±6% e a maioria dos pacientes foram classificados como NYHA III. A função endotelial avaliada pela DMF apresentou mediana 2,5(0–6,75)%. Em relação à arquitetura e qualidade muscular, a média da espessura muscular do reto femoral (EMRF) do vasto lateral (EMVL) e do vasto medial (EMVM) foi 8,6±2,3mm, 14±2,9mm e 10,1±3mm respectivamente. A média da área de secção transversa do reto femoral (ASTRF) foi 2±0,9cm2 , o ângulo de penação do vasto lateral (APVL) foi 14,2±2,1° e a qualidade muscular de 21,4±5. Em relação a mobilidade a média foi 17±10. Não foram encontradas correlações significativas entre as variáveis analisadas. CONCLUSÃO: Todos os pacientes apresentaram disfunção endotelial, as análises da arquitetura e qualidade muscular indicam alta qualidade muscular, porém os valores de EM, AST e AP contribuem para o diagnóstico de sarcopenia. Os pacientes apresentam poucas barreiras de mobilidade com baixa necessidade de assistência. Não houve correlação entre as variáveis analisadas, sendo necessária uma amostra maior para melhor interpretação dos dados.