Segredos (ine)narráveis, mentiras (in)aceitáveis: as reminiscências frente à violência e a ressignificação do espaço em Big little lies

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Machado, Bruna Farias
Orientador(a): Rebello, Lúcia Sá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254449
Resumo: Os estudos que abordam em seu eixo temático adaptações literárias para o universo imagético têm sido uma constante na atualidade. Alinhadas a Linda Hutcheon (2013), que desconsidera a fidelização por compreender que durante o processo de adaptação mudanças ocorrem, narrativas verbais e visuais ganham cada vez mais relevância ao lançar luzes às histórias respeitando os recursos próprios de cada intermídia e oportunizando abordagens ímpares (PELLEGRINI, 2003). Assim, a fim de contribuir para o enriquecimento de pesquisas cujo foco analítico perpassa, de alguma forma, os estudos de adaptações, o presente trabalho, que tem como corpus o romance Pequenas grandes mentiras (2015), escrito por Liane Moriarty, e a minissérie homônima Big Little Lies (2017), dirigida por Jean-Marc Vallé, visa elucidar de que forma a violência impactou os personagens e como isso pode ser percebido, sob o viés psicanalítico dos estudos de trauma, ao longo das narrativas por meio de reminiscências que sugerem o (in)dizível (FREUD, 2012, 2014, 2016a, 2016b) e, à luz de Anna Freud (2016), ocasionam mecanismos de defesa. Da mesma forma, a teoria lacaniana (LACAN, 1994) é evidenciada, em especial pelo fato de ultrapassar a freudiana ao defender que a entrada do sujeito no mundo é coincidente com seu ingresso da linguagem. De modo complementar, a análise também versa acerca de outra hipótese, cujo foco reside na possibilidade do espaço, em especial aquele representado na minissérie, ter um caráter tanto físico quanto subjetivo. Nesse sentido, busca-se defender que a violência transcende os indivíduos, impactando-os significativamente, e funciona como um coadjuvante no que concerne a construção da tensão que envolve a tessitura da estética da violência e do trauma, oportunizando, por conseguinte, que se evidencie sua potência subjetiva de significação.