Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Meneses, Glysa de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/22407
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Resumo: |
A presente dissertação teve por objetivo analisar em que medida os estilos de socialização parental e das prioridades valorativas dos filhos influenciam o comportamento de mentir nas crianças. Ademais, especificamente, este estudo visou observar a ocorrência dos dois principais tipos de mentira na infância (antissocial e pró-social); verificar a congruência entre os valores dos filhos e aqueles percebidos em seus pais/responsáveis; identificar a relação entre estilos parentais e os valores dos pais; analisar os estilos parentais que mais se relacionam com o comportamento de mentir; e finalmente, identificar os valores que melhor predizem o comportamento de contar mentiras antissociais e pró-sociais em crianças. Para tanto, desenvolveram-se em dois estudos independentes sobre os principais tipos de mentiras verificados na infância. O Estudo I, o qual teve por objetivo observar a ocorrência de mentiras antissociais em crianças, além de analisar em que medida os estilos de socialização parental e as prioridades valorativas dos filhos exercem influência sobre esse comportamento, empregou o Paradigma de Resistência à Tentação; especificamente, contou-se com uma amostra não probabilística de 56 crianças entre 6 e 12 anos (m=9,68; dp=1,88), a maioria do gênero feminino (58,9%), protestante (55,4%), declarando como principal responsável a mãe (71,4%). O Estudo II objetivou observar a ocorrência de mentiras pró-sociais em crianças, e analisar em que medida os estilos de socialização parental e as prioridades valorativas dos filhos exercem influência sobre esse comportamento e se utilizou o Paradigma do Presente Indesejado; contou com uma amostra, diferente daquela utilizada no Estudo I, não probabilística de 63 participantes, com idades entre 6 e 12 anos (m=9,06; dp=1,89), a maioria do gênero feminino (61,9%), protestante (42,4%), declarando como principal responsável a mãe (77,8%). Em ambos os estudos, as crianças responderam a uma versão do Inventário de Estilos Parentais (IEP) e a duas versões do Questionário de Valores Básicos – Infantil (QVB-I). As análises de dados foram efetuadas por meio do SPSS 20; foram realizadas estatísticas descritivas, correlações intra-diáticas e correlações ρ de Spearman, testes t de Student e análises de regressão logística. Os resultados dos dois estudos indicaram que os valores das crianças são congruentes com aqueles percebidos em seus pais; não houve diferenças significativas no tocante aos estilos parentais de pais de crianças que mentiram e não mentiram, e ainda, que os estilos parentais e valores humanos não predizem a probabilidade de contar mentiras antissociais e pró-sociais. Não obstante algumas limitações, ressalta-se que os objetivos foram alcançados e que a consecução desse estudo forneceu dados significativos acerca do estudo do comportamento de mentir em contexto brasileiro; ademais, propõem-se estudos futuros que contribuam para a ampliação de pesquisas em contexto brasileiro sobre esta temática, inclusive com o emprego de paradigmas experimentais que são comumente desenvolvidos e empregados em outros países. |