Trauma de face causado por agressão em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Maristela Aparecida dos Santos da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25144/tde-21112019-162622/
Resumo: O trauma de face é uma das mais importantes causas de morbimortalidade em todo o mundo, porém no contexto geriátrico, o trauma de face pode ser considerado como sendo uma das lesões mais fatais, devido a sua proporcionalidade agressiva. Esse tipo de ocorrência nas pessoas idosas pode representar um problema de grande magnitude e transcendência. Maiormente , quando essa lesão foi provocada por violência (agressão física), mais ainda, se essa agressão foi desferida por uma pessoa da família. O objetivo desse estudo foi compreender a magnitude e dar visibilidade a violência sofrida pelas pessoas idosas nos atendimentos na Unidade de Urgência/Emergência do Pronto Socorro Municipal Central de Bauru, estado de São Paulo. Para alcançar um entendimento mais profundo desse contexto, buscouse efetuar uma caracterização sociodemográfica dos idosos vitimados por violência física. Além disso, foi necessário ainda realizar a categorização de um segundo o tipo de trauma, efetuando assim, a classificação de acordo com as circunstancias da violência contra os idosos. Optou-se pelo método observacional descritivo que constituiu o levantamento em torno de um universo de prontuários/fichas pertencentes a indivíduos com 60 anos ou mais idade, de ambos os gêneros, atendidos no período de 2012; 2013; 2015; 2016; 2017 e 2018. Resultando em 69 fichas e prontuários que abarcaram os objetivos desse estudo. Obteve-se os seguintes resultados: o período de maior violência 2012 34,8%; sendo mais agredido o gênero masculino (68,1%), na faixa etária de 60-65 anos de idade, 79,7% dos idosos chegaram acompanhados para o atendimento na unidade de urgência/emergência, em relação ao agressor, o filho foi responsável por 22,2%, e algum outro familiar por 26,1%; sendo que o trauma de face é o mais prevalente 71,0%, em outros casos, lesões mais ligadas na área de odontologia: trauma da face, trauma de crânio e trauma dentoalvelar 92,8% dos casos, e o método de agressão por pauladas ocorreu em 37,0% dos casos. A partir da aplicação do teste exato de Fisher nas associações; o estudo apontou que a agressão sem o uso de instrumento foi de 37,0% e a agressão com o uso de instrumento 63,0%, na associação do gênero e a agressão familiar, os homens foram os mais agredidos 68,8%, os mais agredidos, na correlação entre agressão familiar e faixa etária; foram aqueles acima de 70 anos (os idosos mais idosos) e para a agressão com o uso de instrumento os da faixa de 60-70 anos de idade. Verificou-se nesse estudo que a problemática da agressão é concentrada maiormente nas relações interpessoais entre os pais e filhos, o que pode dificultar ao idoso o acesso para buscar ajuda. A agressão tem seu início aos 60 anos e prossegue para com os idosos mais idosos.