Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Moura, Beatriz Maia Souza de [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69383
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Resumo: |
Objetivo: analisar, utilizando o referencial da Psicanálise orientada por Freud e Lacan, as percepções de estudantes que experienciaram um massacre escolar, considerando o contexto social onde o mesmo ocorreu e, além disso, identificar de que forma os sujeitos lidaram com o evento e recursos utilizados no percurso de enfrentamento e elaboração do que foi vivenciado diante de um massacre escolar. Método: trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada por meio de entrevistas narrativas com estudantes que vivenciaram um massacre escolar. Os dados foram categorizados por meio da técnica de Análise do Conteúdo temática e analisados pelo referencial psicanalítico. Todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP sob número CAAE 42540921.5.0000.5505. Resultados: foram entrevistadas cinco pessoas maiores de 18 anos, sendo quatro do sexo feminino e uma do sexo masculino. Foram construídas sete categorias de análise temática: 1) Sobre o massacre; 2) Momento de suspensão; 3) Marca: instauração de um antes e um depois; 4) Ser falado: o lugar da vítima; 5) Falar entre si: o recurso do grupo; 6) Falar por si: tomar a palavra e inscrever o acontecimento de forma particular; 7) O que não se pode dizer. Considerações finais: foi possível diferenciar violências sociais naturalizadas da experiência traumática do massacre escolar. As marcas deixadas por esse atravessamento traumático são impossíveis de serem apagadas e mobilizam os sujeitos a colocarem o ocorrido em palavras por meio de diferentes estratégias. Nesse sentido, as contribuições da Psicanálise permitiram um olhar para a singularidade de suas demandas e a possibilidade de tratamento do trauma que coloca o sujeito como protagonista de sua própria vivência. Por fim, ressalta-se a importância do planejamento de ações em saúde que tenham efetivo potencial para prevenção e cuidado integral dos sujeitos envolvidos nesses contextos, para além das propostas de intervenção com respostas que ficam no campo da vigilância, seja pela via da segurança ou pela via da patologização. |