Uso de enxerto liofilizado bovino em fratura do úmero proximal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Machado, Michell Mariotti
Orientador(a): Galia, Carlos Roberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268185
Resumo: Introdução: As fraturas do úmero proximal são uma das fraturas mais comuns do corpo humano, principalmente após os 65 anos de idade. Quando há o deslocamento dos fragmentos e a necessidade de tratamento cirúrgico, a fixação, em muitos momentos, se torna desafiadora e os resultados pós-operatórios (PO) insatisfatórios. Após a introdução do uso de enxerto ósseo (EO) associado a osteossíntese, as repercussões clínicas e radiográficas têm sido satisfatórias. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar o enxerto liofilizado bovino (ELB), que não foi utilizado neste tipo de cirurgia, associado a osteossíntese pode ter resultados funcionais satisfatórios. Metodologia: Realizou-se estudo de coorte retrospectivo comparando o resultado funcional com escore de ombro da University of California, Los Angeles (UCLA), entre os pacientes submetidos a correção cirúrgica com enxerto liofilizado bovino associado a osteossíntese de úmero proximal (OUP) e os pacientes submetidos somente à osteossíntese em fraturas de 2 partes do colo cirúrgico, 3 partes ou 4 partes da classificação de Neer. Quanto a análise estatística, os dados quantitativos foram descritos por média e desvio-padrão e os dados categóricos por contagens e percentuais. As comparações de médias foram realizadas pelo teste t e as porcentagens foram comparadas pelo teste qui-quadrado ou exato de Fisher. Resultados: Ao todo, 104 pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo 64 pacientes no grupo experimental e 40 no grupo controle. A diferença do escore UCLA foi significativo em favor dos casos com enxerto nos pacientes abaixo de 70 anos (P = 0,017) e em mulheres abaixo de 70 anos (P = 0,012). Na maioria dos demais grupos estudados, o uso de enxerto teve tendência a melhorar o escore, porém sem diferença significativa estatística. Conclusão: Nosso estudo demonstrou que o enxerto liofilizado bovino é um enxerto confiável com bons resultados funcionais. Demonstrou também que o mesmo pode ser uma boa opção, onde haja a necessidade de utilização de enxerto ósseo humano nestes tipos de fratura em substituição aos autoenxertos em que os riscos para o paciente e morbidade pós-operatória são maiores, e aos aloenxertos que são menos disponíveis, possuem custo elevado e risco aumentado de infecção e de rejeição.