Modelos de impressão tridimensional aumentam a concordância entre especialistas para classificação e tratamento das fraturas da região proximal do úmero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cocco, Luiz Fernando [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63928
Resumo: Objetivo: Avaliar a concordância entre especialistas para classificação e tratamento das fraturas da região proximal do úmero (FRPU) comparando modelos de impressão 3D e tomografias computadorizadas (TC) do ombro. Método: Ut i l i z amo s 7 5 e x ame s d e tomografias computadorizadas de FRPU para impressão de respectivos modelos tridimensionais. Em seguida, apresentamos os exames para dois cirurgiões de ombro e dois especialistas em diagnóstico por imagem musculoesquelética para que as classificassem segundo as propostas de Charles Neer 1970 e do grupo AO/OTA (Arbeit Gemeinschaft für Osteosynthesefragen). Também solicitamos aos cirurgiões que propusessem um tratamento para cada uma das fraturas. Os resultados obtidos foram confrontados e analisados estatisticamente para interpretação das concordâncias interobservadores. Resultados: As concordâncias das classificações para as FRPU, utilizando-se modelos de impressão 3D entre os 4 especialistas, mostraram-se moderadas (k global = 0,470 e 0,544, respectivamente para AO/OTA e Neer), entretanto maiores do que quando comparadas às tomografias (k global = 0,436 e 0,464, respectivamente para AO/OTA e Neer). Entre os dois cirurgiões de ombro as concordâncias mostraram-se substanciais, sendo que na classificação AO/OTA, utilizando-se modelos de impressão 3D, foi maior (k=0,700) do que com a TC (k =0,631). De forma similar na classificação Neer, a concordância com modelos 3D foi maior (k=0,784) do que com TC (k =0,620). As concordâncias das classificações para as FRPU entre os dois especialistas em diagnóstico por imagem foram moderadas. Na classificação AO/OTA, utilizando-se tomografias foi maior (k=0,532) do que a com modelos 3D (k =0,443). Já na classificação de Neer, as concordâncias mostraram-se similares tanto para modelos de impressão 3D (k=0,478) como para as de TC (k =0,421). A concordância no tratamento das FRPU pelos 2 cirurgiões foi maior nas duas classificações utilizando-se os modelos de impressão 3D. Na classificação AO/OTA, a concordância com modelos 3D foi de k=0,818 (quase perfeita), enquanto que com a TC foi de k =0,537 (moderada). Já para a classificação de Neer, a concordância da indicação de tratamento com modelos 3D foi de k=0,727, e com TC de k =0,651 (ambas substanciais). Conclusões: Para os cirurgiões de ombro, o uso de modelos de impressão 3D melhoraram não somente a concordância diagnóstica, mas principalmente a proposta terapêutica para as FRPU, quando comparados com o uso de tomografias, utilizando-se as classificações AO/OTA e Neer. Para médicos especialistas em diagnóstico por imagem, o uso de modelos de impressão 3D apresentou a concordância diagnóstica semelhante para as FRPU quando comparadas com o uso de tomografias, utilizando-se as classificações AO/OTA e Neer.