Estimativa do sexo: estudo de medidas do osso úmero em uma população brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Eder Akydawan de Paiva Gomes [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250357
Resumo: A identificação do sexo é um dos primeiros passos na identificação de restos mortais humanos em contextos forenses. Embora a análise de ossos clássicos, como o crânio e o púbis, seja comumente utilizada para determinar o sexo, esses ossos nem sempre estão disponíveis ou em condições de serem analisados. Estudos recentes mostram que os ossos longos do esqueleto, incluindo o úmero, geralmente estão bem preservados durante casos forenses, tornando-os uma boa alternativa para a estimativa sexual. O presente estudo foi dividido em duas partes, com a primeira tendo como objetivo identificar na literatura as técnicas mais utilizadas para a estimativa de sexo a partir do úmero, e avaliar a sua eficácia. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Portal Regional BVS, SCIELO, MEDLINE, Web of Science e PubMed, entre os anos de 2016 e 2021, incluindo artigos em português, inglês e espanhol. Dos 235 artigos encontrados, foram selecionados 25 que atendiam aos critérios de inclusão. Os resultados mostraram que mais de uma técnica é empregada para estimar o sexo a partir do úmero, incluindo mensurações diretas e indiretas, como fotografias, scanner de tomografia e fluorescência de raios-X, além de métodos não métricos que observam características ósseas a olho nu ou com o auxílio de uma lupa. Concluiu-se que o úmero se apresenta como uma alternativa viável para a estimativa de sexo em análises forenses, por meio de métodos de mensuração direta e indireta, sendo que os métodos não métricos não se mostraram tão acurados. A segunda parte do estudo utilizou do conhecimento adquirido na revisão de literatura para avaliar a precisão da estimativa de sexo a partir do úmero em uma população do sudeste brasileiro. Foram mensurados sete parâmetros de cada úmero, utilizando um paquímetro digital e uma tábua osteométrica, em uma amostra composta por 42 úmeros catalogados, sendo 30 de homens e 12 de mulheres, pertencentes ao Biobanco "Ossos, dentes e cadáveres humanos" do laboratório de Anatomia da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (UNICAMP). Os resultados mostraram que a diferença de médias para todas as variáveis mensuradas foi significativamente maior em homens do que em mulheres, com uma precisão de 85,7% para o parâmetro único mais eficaz na previsão do sexo, a largura epicondilar. As razões de dimorfismo sexual foram calculadas para determinar o nível de diferenças entre os sexos, e o úmero se mostrou um osso competente e capaz de estimar sexo nessa população, através de medidas diretas da largura epicondilar.