Atividade antimicrobiana de superfícies de cobre frente à formação de biofilmes por Salmonella enteritidis e sua potencial aplicação na indústria avícola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pontin, Karine Patrin
Orientador(a): Nascimento, Vladimir Pinheiro do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211288
Resumo: Salmonella é considerada um dos patógenos de maior relevância para o setor avícola, uma vez que a carne de frango representa a principal fonte de infecção desta bactéria para o homem. O sorovar S. Enteritidis é identificado como o mais frequentemente envolvido nas salmoneloses alimentares. Na indústria, o controle de biofilmes é rotineiramente realizado através da higienização com a utilização de desinfetantes, os quais apresentam toxicidade conhecida e eficácia variável, devido à evolução da resistência antimicrobiana. O cobre vem sendo aplicado como superfície de contato com poder antimicrobiano em diversos países e pode ser utilizado como um complemento das práticas padrão de limpeza e desinfecção das superfícies industriais, conferindo redução da formação de biofilmes, diminuição da carga bacteriana persistente e aumentando a segurança dos alimentos. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar as propriedades antimicrobianas de superfícies de cobre e suas ligas na prevenção da formação do biofilme por S. Enteritidis e avaliar o potencial de corrosão das superfícies, quando em contato com desinfetante. Para avaliação da atividade antimicrobiana, foram utilizados cupons com área de 1 cm2, compostos de cobre 99,9% (C11000), latão (C26000), cobre revestido com estanho e, como controle, aço inoxidável (AISI 316). O método utilizado foi o de diluição, com teste de suspensão de células planctônicas e contagem bacteriana realizada através do método de Drop plate, com posterior incubação em temperaturas que simulam ambientes de processamento avícola (4ºC, 12ºC e 25ºC). Para a avaliação do potencial de corrosão, foram realizados ensaios de polarização potenciostática com as mesmas superfícies. Diferenças estatísticas significativas (p<0,05) na produção de biofilme foram observadas nas superfícies de cobre e latão, quando comparadas ao aço inoxidável e às superfícies revestidas com estanho nas três temperaturas avaliadas. Não foram observadas diferenças no potencial de corrosão das superfícies quando em contato com o desinfetante cloreto de benzalcônio, nas concentrações de 100, 200 e 400ppm, em relação ao controle. Estes resultados demonstraram efetividade na redução de S. Enteritidis, sugerindo que superfícies de cobre e suas ligas podem ser utilizadas como um método antimicrobiano complementar no setor avícola para controle deste patógeno importante para a saúde pública.