Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Emery, Brunna Dias de |
Orientador(a): |
Nascimento, Vladimir Pinheiro do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/258623
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Resumo: |
Salmonella spp. é uma das principais causas de doenças transmitidas por alimentos em humanos. Salmonella Enteritidis e Salmonella Heidelberg estão entre os sorovares mais predominantes nas granjas avícolas e apresentam habilidade em formar biofilmes em diversas superfícies. As nanopartículas de prata (AgNPs) são conhecidas por serem altamente tóxicas para microrganismos Gram-negativos e Gram-positivos, incluindo-se bactérias multirresistentes. No entanto, o efeito antimicrobiano e antibiofilme das AgNPs contra os diferentes patógenos de importância para a indústria avícola não está totalmente elucidado. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade in vitro de AgNPs obtidas por dois métodos de síntese (A1 e A2) e de um composto de polihexametileno biguanida associado a quaternário de amônio contra S. Enteritidis e S. Heidelberg de origem avícola. Além disso, as atividades de antiformação e remoção de biofilmes em placas de poliestireno e em cupons de polietileno de alta densidade (PEAD) também foram estimadas. A concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) das AgNPs A1 foram determinadas por um método de microdiluição em caldo. AgNPs A1 exibiram atividade bacteriana contra S. Enteritidis com valores de CIM que variaram entre 17 e 25 μg/mL e de CBM entre 18 e 50 μg/mL. As AgNPs A1 (12,5 μg/mL, 25 μg/mL e 125 μg/mL) inibiram a formação de biofilmes de S. Enteritidis em 42,06%, 75,70% e 99,46%, respectivamente. Já as AgNPS A2 (125 μg/mL) apresentaram um percentual de inibição de apenas 14,72% para as cepas analisadas, o qual foi significativamente inferior ao das AgNPs A1. Os percentuais de erradicação de biofilme em microplacas de poliestireno pelas AgNPs A1 (250μg/mL) variaram entre 15,92% e 57,73% e não ultrapassaram 31,79% quando expostos às AgNPs A2 na mesma concentração. Nos tratamentos utilizando cupons de PEAD, simulando superfícies utilizadas em avicultura, as AgNPs A1 mostraram-se a melhor opção na remoção dos biofilmes, seguidas pela ação do sanitizante. A média de redução das amostras de S. Enteritidis tratadas com AgNPs A1 (200ppm) e sanitizante (2600 ppm), no tempo de contato de 10 minutos, foi de 3,91 log10UFC. cm-2 e 2,57 log10UFC. cm-2, respecticamente. A média de redução das cepas de S. Enteritidis tratadas por 30 minutos com AgNPs A1 resultou em uma diferença de 1,76 log10UFC. cm-2 em relação ao tempo de 10 minutos. As AgNPs foram capazes de promover redução significativa de S. Enteritidis e S. Heidelberg, sendo que as AgNPs A1 apresentaram melhores resultados com relação à inibição e erradicação de biofilmes. As nanopartículas e os desinfetantes apresentaram capacidade de controlar biofilmes maduros de S. Enteritidis isolados de fontes avícolas. Apesar do sanitizante também ter sido eficaz no controle de biofilmes de Salmonella, foi necessária a sua utilização em maiores concentrações. |