Influência das catecolaminas norepinefrina e epinefrina na formação de biofilme em isolados de Salmonella enteritidis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Hiller, Caroline Carniel
Orientador(a): Nascimento, Vladimir Pinheiro do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218282
Resumo: A sanidade das aves, a inocuidade dos alimentos e a tecnologia de produção são grandes atributos do sistema de produção da cadeia avícola brasileira. No intenso processo de criação das aves, o aumento da excreção de patógenos como Salmonella, tem sido relacionado com o estresse associado à interação social, à manipulação e ao transporte das aves até a linha de abate. Situações de estresse ocasionam a liberação de hormônios como as catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) que podem interferir na microbiota pela sinalização das bactérias do trato gastrointestinal. A epinefrina e a norepinefrina produzidas pelos animais utilizam a mesma via de sinalização bacteriana denominados de Auto-indutores Tipo 3. Esses auto-indutores regulam uma gama de atividades como a simbiose, a virulência, a competência, a conjugação, a motilidade, a esporulação e formação de biofilmes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito das catecolaminas epinefrina e norepinefrina como indutores na formação de biofilmes em 30 isolados de Salmonella Enteritidis provenientes de produtos avícolas e de produtos envolvidos em surtos de salmonelose em humanos e também avaliar a presença dos genes associados na formação de biofilme csgD, adrA e fimA. As cepas de Salmonella Enteritidis utilizadas foram isoladas de pintos de um dia, carne de frango, suabe de arrasto e surtos de salmonelose. Foram testadas duas concentrações de epinefrina e norepinefrina (50μM e 100μM) e duas temperaturas de incubação: 12°C (temperatura da sala de cortes) e a 25°C (temperatura ambiente). O ensaio de formação de biofilme foi feito em placas de poliestireno pela metodologia de coloração de cristal violeta. Dentre os resultados encontrados, cepas incubadas a 25°C apresentaram maior formação de biofilme quando comparadas àquelas incubadas a 12°C. A norepinefrina na concentração de 100 μM estimulou a formação de biofilme por cepas de Salmonella Enteritidis quando incubadas a temperatura de 12°C. Não houve interferência das catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) nos ensaios de formação de biofilme a temperatura de 25°C nas concentrações utilizadas e todas as cepas avaliadas no presente trabalho apresentaram os três genes (csgD, adrA e fimA) associados a formação de biofilme pesquisados.