Endoprótese (Stent) intraluminal autoexpansiva, adaptada por traqueoscopia, em cães com colapso de traqueia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sessegolo, Gabriela Marques
Orientador(a): Beck, Carlos Afonso de Castro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/94613
Resumo: O colapso traqueal é caracterizado por alterações tanto anatômicas como histológicas da cartilagem hialina dos anéis traqueais e do músculo traqueal dorsal, ocasionando colapso dinâmico da traqueia durante o ciclo respiratório. A etiologia do colapso de traqueia é desconhecida e provavelmente multifatorial. O esforço repetido das vias respiratórias causa inflamação crônica da mucosa traqueal, manifestando assim a tosse, que exacerba o processo inflamatório. O colapso de traqueia manifesta um sinal clínico importante chamado síndrome de angústia respiratória. Geralmente acomete cães de raça miniatura ou toy, sendo mais observado em cães de idade média, ou idosos. O procedimento traqueoscópico é considerado padrão ouro no diagnóstico para àqueles animais com alterações respiratórias, em especial nos casos de colapso traqueal. A intervenção cirúrgica objetiva estabilizar a cartilagem da traqueia e o músculo traqueal. O avanço da tecnologia possibilitou o desenvolvimento de próteses (stents) de materiais diversos. A finalidade do uso do stent é manter o suporte cartilaginoso, eventualmente perdido pela via aérea. Em função disso, o objetivo deste trabalho foi de descrever e avaliar a colocação de stents intraluminais autoexpansivos de nitinol (liga de titânioníquel), no interior do lúmen traqueal de cães com colapso de traqueia pela técnica de traqueoscopia, e também avaliar as complicações trans e pós-operatórias, com acompanhamento periódico dos pacientes. Foram incluídos neste trabalho sete cães, com peso corporal inferior a 5kg, com diagnóstico clínico, radiográfico e endoscópico de colapso traqueal cervicotorácico e intratorácico, atendidos no HCV-FAVET/UFRGS. Os critérios de inclusão avaliados foram: manifestação de dispneia e tosse, tratamento clínico sem remissão dos sinais e colapso de traqueia grau III ou IV. O procedimento foi realizado utilizando o método diagnóstico de traqueoscopia rígida, sem o auxílio de fluroscopia, para a colocação dos stents, na tentativa de corrigir o defeito traqueal destes animais. Foi realizada radiografia cervicotorácica em todos os cães, em duas posições em ângulo de 90º, para avaliação do posicionamento do stent e da correção do defeito traqueal logo após o procedimento. Este exame foi igualmente realizado, aos 15 dias e mensalmente, até término do período de avaliação, de sete meses. Os animais foram submetidos à traqueoscopia aos 50 dias e aos sete meses após a colocação do stent, para avaliar a presença de colapso em outra região traqueal e/ou de brônquios ocorrência de fraturas do stent em quatro cães e presença de tecido de granulação. Pelas avaliações radiográficas e traqueoscópicas não foi evidenciada ocorrência de migração do stent em nenhum cão, mas fratura em quatro deles. Foi observada presença de tecido de granulação excessivo em todos eles. Neste estudo, a técnica de colocação de stent intraluminal autoexpansivo de nitinol por meio de traqueoscopia sem o uso de fluroscopia é considerada efetiva, pois houve melhora na qualidade, mas não no aumento de expectativa de vida desses cães.