Síndrome de down e o determinismo da deficiência intelectual : refutando certezas, propondo outra lógica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Streda, Carina
Orientador(a): Vasques, Carla Karnoppi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/245328
Resumo: Esta tese tem como problema central a associação direta entre síndrome de Down e deficiência intelectual como resultado do determinismo biológico, genético. Trata-se de um estudo teórico em forma de ensaio que faz dialogar diferentes áreas do conhecimento, com o objetivo principal de refutar a certeza e a generalização de um aprender restrito para pessoas com a síndrome de Down. A partir da compreensão das condições de produção dos enunciados científicos e culturais que associam a síndrome de Down à deficiência intelectual desde o século XIX, buscamos, na história das ideias, nos estudos sobre deficiência e nas proposições da epigenética, argumentos que sustentem a crítica à ideia de uma natureza determinista do indivíduo e ao reducionismo imposto pelo modelo médico de deficiência, bem como argumentos que contestem o status que o centrismo genético ocupa na conceituação da síndrome de Down. Por fim, oferecemos uma discussão sobre a inteligência e a aprendizagem propondo uma lógica que considera a complexidade do desenvolvimento humano e de suas capacidades intelectuais. Com isso, pretendemos não apenas reforçar a ideia de que alguém com a síndrome de Down pode aprender para além das restrições culturalmente aceitas como invariáveis, mas também defender a tese de que alguém com síndrome de Down não pode ser considerado deficiente intelectual antes de que — além dos fatores biológicos ou genéticos — os fatores culturais, sociais, educacionais, intersubjetivos e inconscientes possam entrar em jogo.