Perfil farmacoterapêutico de pacientes com epilepsia farmacorresistente : análise da prescrição, acesso e adesão ao tratamento proposto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mencucini, Paula Sousa França
Orientador(a): Pereira, Leonardo Régis Leira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213816
Resumo: Introdução: A administração dos fármacos antiepilépticos é a primeira opção para o tratamento da epilepsia e cerca de um terço dos pacientes desenvolvem epilepsia farmacorresistente. Objetivo: Descrever o perfil farmacoterapêutico e sociodemográfico dos pacientes diagnosticados com epilepsia farmacorresistente a fim de realizar um diagnóstico situacional e avaliar a necessidade de propor serviços farmacêuticos. Casuística e Métodos: Este estudo de caráter descritivo e transversal foi realizado no Ambulatório de Epilepsia de Difícil Controle (AEDC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP). As variáveis sociodemográficas, perfil farmacoterapêutico e as relacionadas ao sistema de saúde foram coletadas através do autorrelato dos pacientes e prontuários, as farmacológicas e clínicas através dos questionários padronizados: perfil dos eventos adversos (Liverpool Adverse Events Profile Questionnaire - LAEP), conhecimento do tratamento (MedTake) e adesão (The Brief Medication Questionaire - BMQ). Todas as análises foram estabelecidas considerando valores de p˂0,05 estaticamente significantes. Resultados e Discussão: Identificou-se elevada prevalência de politerapia (92,1%) e tempo de tratamento médio de 25,8 anos, os antiepilépticos mais utilizados foram Clobazam, Lamotrigina, Carbamazepina e Topiramato. O escore do LAEP ≥ 45 pontos foi de 38,4% e 66,4% dos pacientes tinham acesso gratuito aos medicamentos. O escore médio do MedTake foi de 93,53 correlacionando-se positivamente com o BMQ. Encontrou-se taxas de não adesão de 47,5% e variáveis que apresentaram associação significativa (p˂0,05) com a mesma. Conclusão: Os pacientes possuem bom conhecimento acerca do tratamento farmacológico e os perfis de prescrições estão adequados com as diretrizes nacionais, porém necessitam de um trabalho de cuidado integrado e contínuo a fim de otimizar a adesão e os serviços de saúde.