A geografia escolar tem tudo pra ser e não é. Por quê?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Reis, Sabrina Guimarães
Orientador(a): Kaercher, Nestor André
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128941
Resumo: A presente dissertação, inicialmente, realiza uma análise sobre o porquê da Geografia, ainda hoje, ser vista por tantos alunos da Educação Básica (da Rede Pública de Ensino do Rio de Janeiro) como uma disciplina tediosa e desligada de suas vidas cotidianas. O primeiro momento de nossa pesquisa deixou claro que o descontentamento dos estudantes se dá principalmente pelo fato de não conseguirem encontrar na Geografia escolar uma utilidade prática para o seu dia a dia. Percebemos que muitas das características presentes no ensino de Geografia, que aqui denominaremos de permanências, fazem a disciplina continuar sendo vista como “uma descrição desinteressada do mundo”, como afirmava Lacoste em 1976. Diante dessa Geografia escolar que não satisfaz alunos e nem professores nos colocamos a examinar as dificuldades dos professores da Rede Estadual do Rio de Janeiro em relação à superação das permanências presentes no ensino de Geografia. Para isso, além da consulta de bibliografia pertinente ao tema fomos a campo em dois momentos. O primeiro deles para a observação de aula e o segundo para realização de entrevista com professores da Rede Estadual do Rio de Janeiro. A realização do campo trouxe vários elementos que nos ajudaram a compreender o que limita a prática docente à aulas ainda tão calcadas no método Tradicional de ensino, onde se destacam a memorização, a abstração e fragmentação dos conteúdos, as aulas pouco politizadas e o “cuspe giz” como a principal metodologia de ensino. A pesquisa de campo apresentou a questão estrutural como um dos fatores determinantes da prática docente, onde as condições de trabalho do professor, a infraestrutura escolar e o modelo de escola pública que temos delimitam o tempo e energia que serão empregados tanto no planejamento quanto na execução das aulas.