Somos jovens : o ensino de geografia E a escuta das juventudes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Victor Hugo Nedel
Orientador(a): Kaercher, Nestor André
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/128887
Resumo: O jovem contemporâneo vem surpreendendo a sociedade nos mais diferentes setores. Este mesmo jovem encontra-se em nossos bancos escolares e, por vezes, não damos a devida atenção às suas individualidades, coletividades e expressões. Esta pesquisa trata das culturas juvenis no âmbito escolar e suas relações com o ensino da Geografia. Objetivamos identificar os sentidos que jovens do ensino médio atribuem ao ensino de Geografia, mostrando como compreendem seu mundo/espaço e se a Geografia auxilia nestes processos de compreensão. O referencial teórico utilizado buscou colocar em diálogo as duas grandes linhas de investigação da pesquisa: as culturas juvenis e o ensino de Geografia. Para atingir os objetivos propostos, montamos um amplo questionário de pesquisa, dividido em três blocos: (a) a montagem de um perfil dos sujeitos-jovens; (b) as relações dos sujeitos-jovens com a Geografia; e (c) as relações dos sujeitos-jovens com sua escola. O referido questionário foi aplicado em três turmas de terceiro ano do ensino médio da escola escolhida como espaço de pesquisa e, posteriormente, analisado, resultando a construção do texto final de pesquisa. Os resultados da pesquisa indicam que o jovem-aluno contemporâneo é composto de múltiplas e transitórias identidades e, com isso, está adaptado a múltiplos pertencimentos. Mesmo tratandose de uma realidade específica que foi analisada, entendemos que o perfil de jovem elencado pela pesquisa pode ser assim entendido em outros espaços, na medida em que vai se moldando a estas configurações identitárias. No tocante à Geografia escolar, nos ficou bem claro que o jovem-aluno vincula muito fortemente aos temas físicos da ciência, ao citar exemplos como localização geográfica e fusos horários. Há o questionamento, então, sobre a condução das aulas de Geografia, no ensino básico, a saber, se as mesmas dão conta do conceito pleno do espaço geográfico, no sentido de trabalhar as temáticas físicas, mas também as humanas da ciência. Percebemos que há relação direta entre as práticas juvenis e possíveis temas a serem trabalhados na aula de Geografia. Há muito que se avançar neste tipo de pesquisa, uma vez que tratamos, além dos objetos já previstos, de nossa prática docente.