Memórias escolares e experiências docentes: contribuições para a formação inicial de professores de geografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ruzicki, Karen Duarte
Orientador(a): Carlos, Lígia Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9318
Resumo: A dissertação trata de uma pesquisa no contexto da formação inicial no curso de licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Pelotas. Busca resgatar as memórias da Geografia escolar presentes nos futuros professores e o diálogo com docentes em exercício na perspectiva de contribuir para o ensino e a formação na área. Utiliza registros de uma disciplina do curso e o grupo focal como estratégia de geração dos dados da pesquisa. A análise incidiu em três aspectos. No que se refere às percepções dos licenciandos sobre a formação inicial e a contribuição para a docência, identifica a necessidade de ampliação de oportunidades de aproximação entre teoria e prática da/na profissão para além do estágio supervisionado e a existência de iniciativas fora do currículo formal que vão nesta direção, porém não abrangem a totalidade dos estudantes. Também, revela incertezas dos estudantes em relação às aprendizagens acadêmicas como capazes de dar conta dos desafios da profissão. O curso de licenciatura foi percebido como organizado em um formato mais convencional de formação docente, com distanciamento entre a formação de base teórica e a área da formação pedagógica. O segundo aspecto, vivências com a disciplina de Geografia na escola e suas influências na formação inicial, indicou que o diálogo entre estudantes e docentes na escola básica foi algo assertivo, sendo identificado como compromisso com as aprendizagens, porém, a pequena disposição e iniciativa dos professores em inserir fatos e acontecimentos atuais em suas aulas, bem como integrar as vivências cotidianas dos estudantes nas propostas pedagógicas foi entendido como fragilidade. Quanto ao terceiro aspecto, a contribuição dos professores da rede escolar básica para a formação inicial, houve um reconhecimento da importância do diálogo com estes profissionais na formação inicial, porém, não necessariamente um entendimento de que são parceiros e colaboradores da formação. Os estudantes demonstraram muitas dúvidas sobre o funcionamento das escolas e pouca compreensão do sentido de política educacional. As manifestações no grupo focal se direcionavam na perspectiva de que os professores necessitam conhecer e se ambientar às políticas, indicando uma certa fragilidade na compreensão do papel dos docentes como sujeitos que podem questionar as políticas públicas da formação e do trabalho dos professores. As experiências da vida escolar dos graduandos influenciaram em suas escolhas pela docência e o tipo de formação inicial vivenciada interfere em suas expectativas sobre a profissão.