Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Marin, Bianca |
Orientador(a): |
Luft, Vivian Cristine |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/224539
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar a associação entre transtornos mentais comuns (TMC), episódios depressivos e transtornos de ansiedade, e obesidade em adultos no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), e em quanto o consumo alimentar contribui para essa associação. Métodos: Trata-se de uma análise transversal realizada com dados da linha de base do ELSA-Brasil, com 13.985 participantes de 35 a 74 anos e de ambos os sexos. Os alimentos e bebidas ultraprocessados, oriundos de um questionário de frequência alimentar validado, foram determinados a partir da classificação NOVA. A obesidade geral foi definida por IMC ≥ 30kg/m² e obesidade central como circunferência da cintura > 102cm para homens e > 88cm para mulheres. Para analisar a presença de transtornos mentais comuns (TMC) utilizou-se o Clinical Interview Schedule - Revised Version (CIS-R) com pontuação total ≥ a 12, presença de sintomas de ansiedade e depressivos nos últimos 7 dias, em modelos paralelos, em análise de regressão de Poisson ajustada progressivamente para possíveis fatores de confusão/mediadores, considerando fatores socioeconômicos, tabagismo, consumo de álcool, atividade física, presença de doenças crônicas, uso de benzodiazepínicos e antidepressivos, ingestão energética total e consumo de alimentos ultraprocessados, compulsão alimentar e obesidade aos 20 anos. Resultados: No modelo amplamente ajustado, a prevalência de obesidade central foi significativamente maior entre indivíduos com TMC (RP 1,18, IC95% 1,13 – 1,24), sintomas de ansiedade (RP 1,14, IC95% 1,08 – 1,20) e episódios depressivos (RP 1,15, IC95% 1,06 – 1,25). Obesidade geral foi significativamente mais frequente naqueles com TMC (RP 1,08, IC95% 1,01 – 1,16). Em homens, aqueles com TMC apresentaram mais frequentemente obesidade central (RP 1,12, IC95% 1,01 – 1,24). TMC (RP 1,09, IC95% 1,04 – 1,15) e ansiedade (RP 1,09, IC95% 1,03 – 1,15). Consumo e compulsão alimentar explicaram 24% da magnitude da associação entre TMC e obesidade central e 44% da associação entre TMC e obesidade geral. O consumo de ultraprocessados em relação ao valor energético total diário da alimentação (%VET) foi superior nas mulheres com TMC (26,4%, IC95% 26,1 – 26,8), comparadas àquelas sem TMC (25,2%, IC95% 25,0 – 25,5), homens com TMC (23,4%, IC95% 22,8 – 24,0) e homens sem TMC (22,8%, IC95% 22,6 – 23,1). Conclusões: A presença de transtornos mentais comuns está associada à obesidade central em ambos os sexos, independentemente dos fatores considerados. Especialmente para mulheres, ansiedade destaca-se como associada à maior frequência de obesidade central. O consumo alimentar parece explicar parte dessa associação. |